Author(s):
Marques da Silva, J. ; Paixão, L. ; Sousa, A. ; Gonçalves, C. ; Silva, L. ; Baptista, F. ; Serrano, João ; Terron, M.
Date: 2020
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10174/28036
Origin: Repositório Científico da Universidade de Évora
Subject(s): solo; amostragem; tecnologias
Description
Este caso prático não é propriamente a ilustração de uma experiência realizada em campo, mas sim a discussão metodológica sobre alguns aspetos que têm que ver com o solo, a base de tudo o resto. Não sei se sabe mas poderá ter milhares de euros enterrados no solo das suas parcelas agrícolas e se bem calha não está a aproveitar esse recurso em seu benefício. Monitorizar o nível de fertilidade do solo, não é só um imperativo agronómico e económico mas é também um imperativo ambiental. Encontramos regularmente casos de parcelas agrícolas com concentrações de fósforo nos limiares mínimos e máximos. Esta variação espacial dentro de uma mesma parcela é um indicador claro de que a gestão dos fertilizantes não está otimizada, podendo ocorrer tratar-se pior aquelas zonas que mais contribuem para o resultado líquido da atividade. Face ao exposto é fundamental conhecer o que temos no solo pois poderemos estar a desperdiçar milhares de euros que aí se encontram disponíveis para serem utilizados pela planta. A estratégia de amostragem do solo, plantas e frutos tem evoluído nos últimos tempos afastando-se a passos largos daquela estratégia aleatória em que percorríamos em ziguezague a parcela recolhendo subamostras em cada local percorrido por forma a termos uma média dos nutrientes existentes. Como bem sabemos a média em agricultura não existe pois a variabilidade dos nossos solos, do nosso clima, da nossa topografia é sobejamente conhecida. Nesse sentido há que realizar um tipo de amostragem diferente por forma a conhecer em maior detalhe toda essa variabilidade das parcelas e qual o seu impacto real sobre as relações solo-água-planta e consequentemente no resultado final.