Author(s): Boné, Maria ; Bonito, Jorge ; Loureiro, Maria João
Date: 2023
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10174/34810
Origin: Repositório Científico da Universidade de Évora
Subject(s): suporte básico de vida; alunos; perceções; ensino básico
Author(s): Boné, Maria ; Bonito, Jorge ; Loureiro, Maria João
Date: 2023
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10174/34810
Origin: Repositório Científico da Universidade de Évora
Subject(s): suporte básico de vida; alunos; perceções; ensino básico
Uma paragem cardiopulmonar é um evento súbito, que consiste na interrupção ou falência súbita das funções cardíaca e respiratória. As compressões torácicas e a desfibrilhação precoce constituem os principais determinantes da sobrevivência deste acontecimento (Greif et al., 2021). Por isso, o Suporte Básico de Vida realizada pelo bystander é decisiva numa paragem cardiopulmonar extra-hospitalar. Em Portugal, o Suporte Básico de Vida foi introduzido no ensino básico através das Metas Curriculares (Bonito et al., 2014) da disciplina de Ciências Naturais, do 9º ano, confirmadas pelas Aprendizagens Essenciais (DGE, 2018). Este estudo tem como objetivo conhecer as perceções de alunos que frequentam o 10º ano sobre a formação teórica e prática recebida em Suporte Básico de Vida, em Ciências Naturais. Trata-se de um estudo descritivo, transversal e analítico, do tipo survey, com uma amostra nacional constituída por 1215 alunos. A recolha de informação foi efetuada pela aplicação de um questionário original, com 34 perguntas de opinião e uma escala de avaliação numérica de quantidade, de 5 categorias de resposta. Um painel de juízes assegurou a validade concorrencial de construção e de conteúdo (Boné et al., 2020). A testagem piloto permitiu aferir consistência interna elevada (0,949 e 0,960). Cerca de 22,9% dos alunos autodeclara-se não preparado para uma atuação de Suporte Básico de Vida. Cerca de 35,5% dos alunos sente-se pouco preparado. A autoperceção da preparação teórica fica aquém 26,9% do revelado na prova de conhecimentos. Cerca de 27,4% dos respondentes não se considera preparado, em termos práticos. A autoperceção dos alunos no domínio prático fica desfasada em 31,1 pontos percentuais do revelado na prova de conhecimentos. O modelo de regressão logística revela que quanto maior for a perceção sobre a formação prática recebida e a aquisição de competências em Suporte Básico de Vida, independentemente dos conhecimentos teóricos, maior é a motivação para intervir na comunidade em caso de emergência.