Author(s):
Teixeira, Pedro ; Blanco, Alberto ; Caldeira, Bento ; Tomé, Bernardo ; Alexandre, Isabel ; Matos, João ; Silva, Jorge ; Borges, José Fernando ; Cazon, Lorenzo ; Afonso, Luis ; Lopes, Luis ; Duarte, Magda ; Pimenta, Mário ; Bezzeghoud, Mourad ; Dobrilla, Paolo ; Assis, Pedro ; Sarmento, Raul ; Oliveira, Rui Jorge ; Andringa, Sofia
Date: 2024
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10174/36937
Origin: Repositório Científico da Universidade de Évora
Subject(s): Muografia; Geofísica aplicada
Description
O Projeto LouMu é uma colaboração em curso entre o Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas, o Instituto de Ciências da Terra – Universidade de Évora e o Centro Ciência Viva do Lousal, contando ainda com o apoio do Laboratório Nacional de Energia e Geologia. O objetivo é explorar o potencial da técnica de muografia na Mina do Lousal, com a finalidade de criar as condições para a utilização deste método inovador em levantamentos geofísicos em Portugal. A muografia é uma técnica que usa muões, partículas criadas na atmosfera, como forma de fazer sondagens remotas ao interior da matéria. O objetivo da observação no ambiente da mina é fazer um primeiro levantamento geológico do terreno acima dela e medir as suas densidades. Além dos novos dados obtidos, todo o processo serve para testar o desempenho dos detetores e das ferramentas de análise muográfica. Um telescópio de muões foi instalado na galeria Waldemar, 18 m abaixo da superfície. Está equipado com 4 detetores RPC (Resistive Plate Chamber) de tamanho 1x1 m, que registam a passagem de muões em tempo real. Deteções consecutivas em diferentes detetores dão a trajetória dos muões. O mapa das deteções chama-se uma muografia, e mostra a atenuação dos muões transmitidos através do solo, sensível à densidade do meio. Além da muografia, informações geológicas e geofísicas existentes e novas medições feitas com refração sísmica e radar de penetração no solo também estão a ser usadas para construir um modelo de referência 3D. A partir dos dados da muografia, um mapa de densidade 3D equivalente será reconstruído, e o modelo geológico será usado para cruzar e melhorar os resultados da muografia. A intenção desta comunicação é apresentar os avanços do trabalho e mostrar uma muografia preliminar onde é visível a falha de Corona, direção N-S, presente no local em estudo.