Autor(es): Matos, Rute ; Simões, Paula
Data: 2025
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10174/38095
Origem: Repositório Científico da Universidade de Évora
Assunto(s): Paisagem; Multifuncionalidade; Arquitectura Paisagista
Autor(es): Matos, Rute ; Simões, Paula
Data: 2025
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10174/38095
Origem: Repositório Científico da Universidade de Évora
Assunto(s): Paisagem; Multifuncionalidade; Arquitectura Paisagista
A noção consciente de paisagem é uma conquista recente na cultura ocidental, sendo considerada paisagem a partir do momento em que o homem a inscreve dentro de determinada cultura e determinada época. Intrínseco ao conceito de paisagem é o conceito de multifuncionalidade ao qual se associam, desde sempre, os conceitos e as práticas da produção, recreio e protecção. No entanto, esta dimensão e olhar multifuncional perdem-se com o movimento moderno onde, o zonamento sectorial não permite a coexistência de várias funções, surgindo daqui o conceito vago de espaço verde, que se estende por toda a cidade de uma forma homogénea, amorfa e residual. Torna-se então urgente e primordial o retorno a este conceito de paisagem multifuncional. Este artigo constitui uma reflexão que revisita o conceito de paisagem e da sua multifuncionalidade, nomeadamente a questão semântica que nos leva à complexidade e ao carácter polissémico deste conceito. Seguimos o seu percurso na história que evoluiu por caminhos e direcções diferentes ao longo do tempo dando origem ao actual conceito de paisagem que resulta de um interesse multidisciplinar e de diversas aproximações teóricas, nomeadamente da geografia, da ecologia, das ciências sociais e humanas e da filosofia, fundamentais para a complexidade do conceito, objecto de intervenção de várias profissões, nomeadamente dos arquitectos paisagistas, actores privilegiados na criação da paisagem.