Autor(es): Portela, Joana
Data: 2025
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10174/38249
Origem: Repositório Científico da Universidade de Évora
Assunto(s): Alentejo; Ardila; Guadiana; Monte da Esperança; Natureza; Paisagem
Autor(es): Portela, Joana
Data: 2025
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10174/38249
Origem: Repositório Científico da Universidade de Évora
Assunto(s): Alentejo; Ardila; Guadiana; Monte da Esperança; Natureza; Paisagem
Este artigo analisa as representações literárias da paisagem e as percepções da natureza em narrativas de Urbano Tavares Rodrigues cujo espaço de acção se situa no Alentejo, com destaque para a colectânea Estórias Alentejanas, que reúne contos e novelas escritos antes de Abril de 1974. Paralelamente, são convocados alguns excertos do ensaio A Luz da Cal, para perceber até que ponto as paisagens literárias da ficção estão ancoradas numa geografia real, no locus do escritor. Percorremos algumas narrativas situadas no Monte da Esperança e área envolvente, espaço físico onde Urbano cresceu, em comunhão com a natureza e com o mundo rural, e cavalgamos as paisagens de montado entre os rios Ardila e Guadiana que o autor desbravou na juventude. Concluímos que os locais concretos da infância e juventude do autor configuram a sua geografia afectiva e literária. A literatura é a forma de Urbano re-habitar a paisagem.