Author(s): Pereira, Sofia ; Silvério, Gonçalo ; Colmenar, Jorge ; Moreira, Noel ; Silva, D ; Sá, Artur A.
Date: 2025
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10174/38602
Origin: Repositório Científico da Universidade de Évora
Author(s): Pereira, Sofia ; Silvério, Gonçalo ; Colmenar, Jorge ; Moreira, Noel ; Silva, D ; Sá, Artur A.
Date: 2025
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10174/38602
Origin: Repositório Científico da Universidade de Évora
A ocorrência de fósseis de trilobites em Portugal é conhecida desde há mais de 150 anos, mas permanecia por comprovar a presença deste grupo nas litologias do Silúrico. Reporta-se agora o primeiro registo de trilobites no Silúrico de Portugal, numa sucessão de intercalações de argilitos e calcários da Formação Campanhó do Sinclinal de Moncorvo. As trilobites são raras, estando a associação amplamente dominada por equinodermes scyphocrinitídeos, com cefalópodes nautiloides ortocónicos, tendo ainda sido registado um único fóssil de bivalve, Panenka?, constituindo também o primeiro registo do grupo no Silúrico da região. Do ponto de vista sistemático, foi possível identificar o encrinurídeo Cromus sp. e os phacopídeos Ananaspis? e Denckmannites?. Não obstante a identificação em nomenclatura aberta, o material português apresenta maior semelhança com as espécies-tipo destes géneros, respetivamente Cromus intercostatus, Denckmannites volborthi e Ananaspis fecunda, as três identificadas na Formação Kopanina do Ludlow da Chéquia, sugerindo a mesma idade para os níveis estudados. Os novos dados estreitam a relação deste setor da Zona Centro-Ibérica com as faunas bentónicas silúricas de afinidades boémicas, já reconhecidas no NO de Espanha, Pirenéus, Catalunha e na Zona de Ossa Morena, sendo distintas da restante Zona Centro-Ibérica e semelhantes ao norte de África e Boémia.