Author(s): Simões, Carla ; Costa, Ana Rodrigues ; Antunes, Célia M ; Lamy, Elsa
Date: 2014
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10174/9823
Origin: Repositório Científico da Universidade de Évora
Subject(s): Obesidade; Saliva
Author(s): Simões, Carla ; Costa, Ana Rodrigues ; Antunes, Célia M ; Lamy, Elsa
Date: 2014
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10174/9823
Origin: Repositório Científico da Universidade de Évora
Subject(s): Obesidade; Saliva
Nos últimos anos o estudo da composição proteica da saliva ganhou interesse pelo seu potencial no diagnóstico não invasivo e compreensão de diversas doenças, quer orais, quer sistémicas. Para além disso, a interacção deste fluido com os constituintes dos alimentos tornam a sua análise importante para a compreensão das variações a nível da percepção dos alimentos e escolhas alimentares. Há, contudo, poucos estudos que comparem a composição proteica da saliva de indivíduos obesos com indivíduos normoponderais. Uma das proteínas mais abundante na saliva é a α-amilase. Esta proteína é responsável pelo início da digestão de hidratos de carbono na boca influenciando a percepção dos alimentos. Para além disso, os seus níveis são indicadores do funcionamento das glândulas salivares, tendo ainda sido sugerida como potencial marcador de condições de stress e de actividade do sistema nervoso simpático. O presente trabalho teve como objectivo comparar os níveis de α-amilase salivar entre indivíduos obesos (IMC>30; N=10) e normoponderais (IMC<25; N=10) do sexo feminino. Foram feitas recolhas de saliva mista, na ausência de estimulação e sempre à mesma hora do dia. Para determinar a actividade enzimática da α-amilase utilizou-se um kit colorimétrico (Sentinel Diagnostics). Foi observada uma maior actividade enzimática de α-amilase nos indivíduos obesos comparativamente aos normoponderais (243,2 X 103 ± 37,7 X 103 e 106,1 X 103 ± 44,2 X 103 U/L, respectivamente) A maior actividade enzimática da α-amilase poderá contribuir para alterações na percepção dos alimentos, nomeadamente no que diz respeito ao gosto doce dos hidratos de carbono. Uma diferente sensibilidade gustativa poderá ter influências nas escolhas alimentares. Estes resultados reforçam a importância de estudos mais aprofundados acerca da função salivar e percepção gustativa na obesidade.