Author(s):
Pedrosa Rocha, Gustavo ; Lopes, Patrícia ; Trigueiros, António ; Ferreira, Lígia ; Montalvão, Pedro ; Magalhães, Miguel
Date: 2024
Origin: Revista Portuguesa de Otorrinolaringologia-Cirurgia de Cabeça e Pescoço
Subject(s): reabilitação vocal; prótese fonatória; laringectomia total; speech rehabilitation; voice prosthesis; total laryngectomy
Description
Objectives: To determine and compare, retrospectively, the success rate of speech rehabilitation with voice prosthesis (VP) according to the age, radiotherapy (RT) status and total laryngectomy (TL) type: primary or salvage. Study design: By reviewing post-laryngectomy patients with voice prosthesis insertion between 2016-2022. Surgical and prosthesis complications, first prosthesis replacement and number of replacements per year were analysed. Material and Methods: Statistical analysis used t-student when there was normal distribution and Mann-Whitney when the group didn’t show normal distribution. P values <0.05 were considerer statistically significant. Results: In the groups age and type of TL, where was an absence of statistically significant difference in every variable. The post-RT group had, paradoxically, less prosthesis complications (p=0,036). Conclusion: Data had demonstrated that the benefits of a voice prosthesis protocol should not have age, salvage surgery and RT as restrictive factors.
Objectivos: Determinar e comparar, retrospetivamente, o sucesso da reabilitação vocal por PF (prótese fonatória) de acordo com a idade, status de radioterapia (RT) e tipo de LT (Laringectomia Total): primária ou resgate. Desenho do Estudo: Analisados os laringectomizados com inserção de PF entre 2016-2020. Avaliadas as complicações cirúrgicas e relacionadas com a PF, tempo até à primeira troca e número de PF/ano. Materiais e Métodos: A análise estatística usou o t-student em distribuição normal e o Mann-Whitney quando o grupo não apresentava distribuição normal. Significância estatística quando p<0,05. Resultados: Para as variáveis idade e LT não se observaram diferenças em nenhum dos grupos. Para a variável RT, não existem diferenças na taxa de complicações cirúrgicas (p=0,738), no tempo de primeira troca(p=0,267) nem em PF/ano (p=0,119). O grupo que realizou RT adjuvante revelou, paradoxalmente, menor taxa de complicações relacionadas com a PF(p=0,036). Conclusão: Demonstrou-se que os benefícios de um protocolo terapêutico orientado na reabilitação vocal por PF não devem ter a idade, a cirurgia de resgate nem a RT como factores de exclusão.