Author(s): Viana Pinto, João ; Andrade, António ; Vales, Fernando ; Pinto Moura, Carla
Date: 2023
Origin: Revista Portuguesa de Otorrinolaringologia-Cirurgia de Cabeça e Pescoço
Subject(s): Infeção Cervical Profunda; Mediastinite; Deep Neck Infection; Mediastinitis
Objective: Assess epidemiological data and clinical predictors of mediastinitis in deep neck infections (DNI) submitted to surgery. Study Design: Retrospective observational Methods: Data analysis of every DNI patient submitted to surgery from January 2015 to December 2021 in the Otorhinolaryngology department of a tertiary hospital center. Results: A total of 165 patients with a mean age of presentation of 48,5 years were included. The most frequent etiology was odontogenic infection (51,5%) and the most involved cervical space was the submandibular space (60,6%). Furthermore, the most isolated bacteria in patients with and without mediastinitis was Streptococcus spp. Progression to mediastinitis occurred in 20 (12,1%) patients. In a multivariate analysis, a bilateral DNI location (p=0,015) and a higher neutrophil to lymphocyte ratio (NLR) (0,037) were associated with progression to mediastinitis. Conclusion: The presence of a bilateral DNI and NLR seem to be the most important clinical predictors of mediastinitis.
Objetivo: Avaliar dados epidemiológicos e fatores preditivos de mediastinite em abcessos cervicais profundos (ACP) submetidos a cirurgia. Desenho de Estudo: Observacional retrospetivo. Material e Métodos: Avaliação de adultos com ACP submetidos a cirurgia de janeiro de 2015 a dezembro de 2021 no serviço de Otorrinolaringologia de um hospital terciário português. Resultados: Foram incluídos 165 doentes com uma idade média de 48,5 anos. O espaço cervical envolvido mais frequentemente foi o espaço submandibular (60,6%) e a etiologia mais comum foi a infeção odontogénica (51,5%). Os microrganismos isolados mais frequentemente em pacientes com e sem mediastinite foram da espécie Streptococcus spp. Ocorreu evolução para mediastinite em 20 (12,1%) doentes. Numa análise multivariada, a presença de abcesso bilateral (p=0,015) e o aumento do rácio de neutrófilos para linfócitos (NLR) (0,037) associaram-se à evolução para mediastinite. Conclusão: A presença de abcesso bilateral e o aumento do NLR são os fatores preditivos mais importantes na evolução para mediastinite.
