Author(s):
Viana Pinto, João ; Ruas, José João ; Andrade, António ; Aragão Rodrigues, João ; Pinto, Isabel ; Mendes Leal, Manuel ; Vales, Fernando ; Pinto Moura, Carla
Date: 2022
Origin: Revista Portuguesa de Otorrinolaringologia-Cirurgia de Cabeça e Pescoço
Subject(s): Leucoplasia; carcinoma da laringe; lesão pré-maligna da prega vocal; Leucoplakia; laryngeal cancer; vocal fold premalignant lesion
Description
Objectives: To assess possible risk factors for progression in vocal fold leucoplakia. Study Design: Observational retrospective study. Material and Methods: Clinical data analysis of every patient submitted to microlaryngoscopy (MLS) with biopsy, excisional whenever possible, of vocal fold leucoplakia from January 2010 to December 2020 in the Otorhinolaryngology department of a tertiary hospital centre. Results: One or more MLS were performed on 163 patients. Histological results were squamous cell carcinoma in 50 (30,7%), pre-malignant lesion in 68 (41,7%) and benign lesion in 45 (27,6%). Patients with a more severe dysplasia grade on the first biopsy had higher rates of malignant transformation (p=0,017). On the other hand, age, gender, tobacco or alcohol consumption, smoking cessation or the presence of gastroesophageal reflux disease weren’t associated with the progression to carcinoma. Conclusion: The main risk factor for progression to carcinoma is the histological grade on the first biopsy.
Objetivos: Avaliar fatores de risco de progressão para carcinoma nas leucoplasias das pregas vocais. Desenho do Estudo: Estudo observacional retrospetivo. Material e Métodos: Análise da informação clínica de todos os doentes submetidos a microlaringoscopia em suspensão (MLES) com biópsia, excisional sempre que possível, de lesão leucoplásica das pregas vocais, realizadas entre janeiro de 2010 e dezembro de 2020, no Serviço de Otorrinolaringologia de um centro hospitalar terciário. Resultados: Foram submetidos a uma ou mais MLES 163 doentes, tendo-se registado carcinoma epidermoide em 50 (30,7%), lesão pré-maligna em 68 (41,7%) e lesão benigna em 45 (27,6%). Casos com graus mais severos de displasia apresentaram maior taxa de malignização (p=0,017). Por outro lado, a idade, o género, o tabagismo, o consumo de álcool, a cessação tabágica ou a presença de refluxo gastroesofágico não tiveram associação com a progressão para carcinoma. Conclusões: O principal fator prognóstico para malignização é a histologia na primeira biópsia.