Author(s):
Órfão, Tiago ; Cardoso, Vítor ; Maia, Ana ; Moura, Carla Pinto ; Santos, Margarida
Date: 2014
Origin: Revista Portuguesa de Otorrinolaringologia-Cirurgia de Cabeça e Pescoço
Subject(s): Cleft palate; middle ear; ventilation tube; Fenda palatina; ouvido médio; tubo de ventilação
Description
Introduction: Cleft palate (CP) patients have a high prevalence of middle ear disease. The present study aims to identify and characterize auditory pathology in CP children during their first 3-4 years of life.Methods: A retrospective study was performed analyzing the audiologic characteristics of 27 infants followed by the lip and/or palate cleft multidisciplinary team of Centro Hospitalar de São João.Results: About 55% of children did not pass neonatal screening. The medium time between first VT insertion and their extrusion was 11.3 months. Auditory evoked potentials before and after VT revealed a hearing threshold of 53dB and 39dB, respectively. Only 4 children never inserted VT. Recurrent middle ear discharge was present in 4 ears. During data collection (February 2012), only 8% of infants had a normal otoscopy.Conclusions: Cleft palate children have a high prevalence of hearing impairment. Few complications regarding VT use were observed and auditory gain was significant.
Introdução: A população com fenda palatina (FP) tem uma prevalência elevada de patologia do ouvido médio. Com este estudo pretendeu-se analisar as características otológicas das crianças com FP ao longo dos primeiros 3-4 anos.Métodos: Caracterização retrospectiva da patologia otológica de 27 crianças com FP acompanhadas pela equipa de fendas lábiopalatinas do Centro Hospitalar São João.Resultados: Cerca de 55% das crianças não passaram no rastreio neonatal. Apenas 4 crianças nunca colocaram TV. O tempo decorrido entre a aplicação dos primeiros TV e a extrusão foi de 11,3 meses. Os potenciais evocados auditivos antes e após a colocação de tubos mostraram um limiar médio de 53dB e de 39dB, respectivamente. Em quatro ouvidos observou-se otorreia recorrente. Na altura da recolha dos dados (Fevereiro 2012), apenas 8% das crianças apresentavam otoscopia normal.Conclusões: Nas crianças com FP existe uma elevada prevalência de hipoacusia. As complicações decorrentes da aplicação de TV são reduzidas com ganho auditivo significativo.