Autor(es):
Pina, Paulo ; Aguiar, Cristina ; Teixeira, Mónica ; Coimbra Ferreira, Edite ; Oliveira, Pedro
Data: 2025
Origem: Revista Portuguesa de Otorrinolaringologia-Cirurgia de Cabeça e Pescoço
Assunto(s): Cancro da nasofaringe; Cancro da cabeça e pescoço; fatores de risco; Epidemiologia; Nasopharyngeal cancer; Head and neck cancer; Risk factors; Epidemiology
Descrição
Objectives: To analyse the population diagnosed with nasopharyngeal carcinoma over a 14-year period and evaluate the impact of clinical characteristics on overall survival. Study Design: Retrospective. Materials and Methods: Review of medical records and analysis of clinical variables, including sex, age, staging, histological subtype, presenting symptoms and their duration, presence of alcohol or tobacco use, EBV status, treatment administered, and overall survival. Results: A total of 36 patients were included. The most common histological subtype was keratinizing squamous cell carcinoma (61.1%) with a median overall survival of 8,0 ± 6,1 months. Conclusion: Age, sex, referral, presenting symptoms, symptom duration, staging, EBV status, treatment, and risk factors (smoking and alcohol use) did not have a statistically significant impact on overall survival. In our study, keratinizing carcinoma was associated with a significantly poorer prognosis (HR=7.3; p=0.026).
Objetivos: Análise da população com diagnóstico de carcinoma da nasofaringe durante um período de 14 anos e avaliação do impacto de características clínicas na sobrevivência global. Desenho do estudo: Retrospetivo. Material e Métodos: Revisão dos processos clínicos e análise de variáveis clínicas: sexo, idade, estadiamento, subtipo histológico, sintoma de apresentação e tempo de evolução do mesmo, existência de hábitos etílicos ou tabágicos, EBV, tratamento realizado e sobrevivência global. Resultados: Foram incluídos 36 doentes. O subtipo histológico mais frequente foi o carcinoma pavimento-celular queratinizante (61,1%), este grupo com uma mediana de sobrevivência de 8,0 ± 6,1 meses. Conclusão: A idade, sexo, origem de referenciação, sintoma de apresentação, tempo de evolução, estadiamento, EBV, terapêutica e fatores de risco (tabaco e álcool) não influenciaram a sobrevivência global a um nível estatisticamente significativo. No nosso estudo, o carcinoma queratinizante apresentou pior prognóstico, correlação que se mostrou estatisticamente significativa (HR=7,3; p=0,026)