Author(s): Moreira, Luísa ; Margarida, André ; Vasconcelos, Marta ; Garção, Nunes ; Luz, Carlos
Date: 2025
Origin: Acta Urológica Portuguesa
Subject(s): RadiationInjuries/therapy; Urinary Fistula/diagnostic imaging; Urinary Fistula/surgery; Fístula Urinária/cirurgia; Fístula Urinária/diagnóstico por imagem; Lesões por Radiação/tratamento
A vesicoperineal fistula is an uncommon entity, described as an aberrant tract between the bladder lumen and the cutaneous surface of the perineum. We present the case of a 78-year-old male who underwent abdominoperineal resection and chemoradiotherapy for the treatment of non-metastatic, locally advanced rectal cancer. Five years later, he developed a pelvic floor hernia and underwent perineal mesh repair. A few months postoperatively, he was diagnosed with a vesicoperineal fistula. The patient subsequently underwent fistulectomy with coccygectomy, partial cystectomy, and reconstruction using a gluteal muscle flap and skin graft. This case represents a late complication of rectal cancer treatment. Fistulas secondary to radiotherapy are complex and challenging to manage, often associated with concomitant pelvic pathology. Management should be individualized and based on a case-by-case approach.
As fístulas vesicoperineais são entidades raras, caracterizadas por um trajeto anómalo entre o lúmen vesical e a superfície cutânea do períneo. Apresentamos o caso de um homem de 78 anos submetido a resseção abdominoperineal e quimiorradioterapia para tratamento de um carcinoma retal localmente avançado, não metastático. Cinco anos após o tratamento, o doente desenvolveu uma hérnia do pavimento pélvico, tendo sido submetido a reparação perineal com colocação de rede. Alguns meses após o procedimento, foi diagnosticada uma fístula vesicoperineal. Foi então realizada uma fistulectomia com coxigectomia, cistectomia parcial e reconstrução com retalhos glúteo e cutâneo. Este caso representa uma complicação tardia do tratamento do carcinoma do reto. As fístulas secundárias à radioterapia são lesões complexas e de difícil resolução, frequentemente associadas a outras afecções pélvicas. A abordagem terapêutica deve ser cuidadosamente individualizada, considerando a extensão da lesão e as condições clínicas do doente.
