Author(s):
Silva, Ângela ; Cunha, Vitor
Date: 2023
Origin: Proceedings of Research and Practice in Allied and Environmental Health
Subject(s): Acidente Vascular Cerebral; anticoagulantes orais diretos; anti-inflamatórios não estereoidais; inferência de medicamentos
Description
Enquadramento: O diagnóstico do Acidente Vascular Cerebral (AVC), consiste na realização de um exame de imagem cerebral [1]. Seguem-se estudos analíticos específicos que serão fundamentais no diagnóstico e tratamento adjacentes [2,10]. Tais como a realização de hemograma, bioquímica, estudo da coagulação, doseamento de anticoagulantes orais diretos (DOACs), doseamento de marcadores de necrose miocárdica, pesquisa de drogas de abuso e eletrocardiograma [8,9]. O objetivo destes exames é excluir causas de AVC hemorrágico, e avaliar marcadores de mau prognóstico [2]. Nos estudos analíticos, a interferência de medicamentos assume um papel importante na rotina laboratorial devido a estes interferirem nos ensaios alterando o diagnóstico clínico laboratorial [4,6,9]. Objetivo: Rever quais os exames laboratoriais específicos no diagnóstico AVC, bem como mencionar alguns medicamentos usados que resultam em alterações destes, alertando para a importância da divulgação destes interferentes. Métodos: Após observação a nível laboratorial, realizou-se uma pesquisa de artigos sobre as interferências causadas por medicamentos em exames laboratoriais, a fim de reunir o máximo de informação sobre o tema. Resultados: Vários são os medicamentos prescritos aos doentes que podem interferir nos ensaios laboratoriais, doseamento da hemoglobina, estudos da coagulação, lipídios e proteínas, entre eles hipoglicemiantes, antihipertensivos, medicamentos para a tiróide, corticosteróides, contraceptivos orais, anticoagulantes,entre outros. Temos de ter em atenção os anticoagulantes, como a varfarina, DOAC´s e fluconazol,que concomitantemente podem aumentar os efeitos anticoagulantes. Os hipoglicemiantes , como a metformina, podem gerar um resultado falso positivo de cetonas na urina, além de reduzir asconcentrações de colesterol total, LDL e triglicerídeos. Os agentes anti-inflamatórios não esteroidais (AINES), como a aspirina, e os anticoagulantes afetam a função plaquetária alterando o resultado da função plaquetária. Conclusões: É imperativo relacionar a ação dos medicamentos como interferentes nos testes laboratoriais e possíveis interpretações clínicas erradas.