Detalhes do Documento

Paradoxical adverse events in inflammatory bowel disease patients taking infliximab

Autor(es): Silva, Sofia ; Sousa, Patrícia ; Gonçalves, Ana Rita ; Cravo, Marília ; Moura Santos, Paula ; Tavares, Lurdes ; Valente, Ana ; Correia, Luís ; Serejo, Fátima ; Velosa, José

Data: 2013

Origem: Revista Portuguesa de Medicina Interna

Assunto(s): doença Inflamatória do intestino; infliximab; fenómenos de inflamação paradoxal; inflammatory bowel disease; infliximab; paradoxical inflammation phenomena.


Descrição

Background: There are some reports of paradoxical inflammation phenomena associated with anti-TNF therapy in patients with inflammatory bowel disease (IBD). The aim of this study has been to evaluate the incidence of paradoxical inflammation phenomena in patients with inflammatory bowel disease (IBD) treated with infliximab (IFX).Methods: The authors carried out a retrospective analysis of 64 patients with IBD (55 with Crohn disease (CD) and 9 with ulcerative colitis (UC)). They were interviewed and clinical processes reviewed in order to identify possible adverse effects associated with this therapy. Interim acute infusion reactions were excluded.Results: In the 64 patients included, 38 were males with a mean age of 39 years. In our group of patients, the major indication for biological therapy was the presence of active disease (78.1%). The mean duration of the treatment was 4 years (1-11). 78.1% were taking 5 mg/Kg and the frequency of infusions was every 8 weeks in 70.3%. 20.3% of patients were treated with azathioprine and 26.6% with aminosalicylates. We observed paradoxical inflammation events in 21 patients. The most common changes were skin reactions (folliculitis, eczema, psoriasis), followed by arthritis/arthralgia, lupus and auto-immune hepatitis. In 6 patients (28.6%) IFX had to be suspended in order to solve the reaction (1 hepatitis, 2 lupus and 3 patients with psoriasis) and specific therapy to this complication was started. The effects were more frequent in the group of patients taking 10 mg/kg (p=0.17) and less frequent with the concomitant use of azathioprine (p=0.22). Conclusions: In this study, paradoxical inflammation events were frequent, although those requiring drug withdrawal were relatively rare. Paradoxical inflammatory events should be treated with systemic therapy directed to the reaction and in most cases it may lead drug withdrawal. Once under control, it is possible restart biologic therapy (with another anti-TNF agent or even the same in a lower dosage) to maintain remission in IBD.

Introdução: Estão descritos fenómenos de inflamação paradoxal associados à administração de agentes biológicos em doentes com Doença inflamatória do Intestino (DII). O objectivo deste estudo foi avaliar qual a incidência deste tipo de reacções em doentes sob infliximab (IFX) há pelo menos um ano. Material e Métodos: Os autores realizaram uma análise retrospectiva de 64 doentes com DII (55 com Doença de Crohn (DC) e 9 com Colite Ulcerosa (CU)), os quais foram entrevistados e os processos clínicos revistos no sentido de se identificarem possíveis efeitos adversos associados a esta terapêutica. Foram excluídas reacções infusionais agudas transitórias. Resultados: Dos 64 doentes incluídos, observou-se uma predominância do sexo masculino (59,4%), com uma média de idades de 39 anos. A indicação para a realização de IFX foi maioritariamente por doença cronicamente activa (78,1%). A duração deste tratamento foi em média 4 anos (1-11 anos). A maior parte dos doentes (78,1%) encontrava-se a fazer a dose de 5 mg/kg, com a periodicidade de 8/8 semanas (70,3%); 20,3% dos doentes encontravam-se a fazer concomitantemente AZT e 26,6% 5ASA. Observaram-se reacções adversas em 21 doentes. As mais frequentes foram as alterações cutâneas (foliculite, eczema, psoríase) observadas em 14 doentes, seguido-se as queixas articulares, o Lúpus Eritematoso Sistémico (LES) e a Hepatite auto-imune (HAI). Houve necessidade de suspender a terapêutica em 6 doentes (3 psoríase, 2 LES, 1 HAI). Verificou-se que os efeitos adversos foram numericamente mais frequentes nos doentes a fazer 10mg/kg (p=0.17) e menos frequentes nos que estavam a fazer azatioprina (p=0.22), apesar de não ser estatisticamente significativo. Conclusões: Os fenómenos de inflamação paradoxal são frequentes nos doentes sob infliximab. A suspensão do fármaco raramente foi necessária. Os fenómenos de inflamação paradoxal graves devem ser tratados com terapêutica sistémica dirigida e suspensão do IFX. Uma vez controlados, é possível o reinício da terapêutica biológica (outro agente anti-TNF ou o mesmo) para manter a DII em remissão.

Tipo de Documento Artigo científico
Idioma Português
facebook logo  linkedin logo  twitter logo 
mendeley logo

Documentos Relacionados

Não existem documentos relacionados.