Author(s):
Corrêa Figueira, Mafalda ; Brigas, Daniela ; Silva, Filipa ; Madeira, Margarida ; Carneiro, Patrícia ; Lobão, Bárbara ; Pedroso, Ermelinda
Date: 2019
Origin: Revista Portuguesa de Medicina Interna
Subject(s): Departamentos Hospitalares/organização e administração; Erros de Medicação; Medicina Interna; Polimedicação; Reconciliação de Medicamentos; Hospital Departments/organization & administration; Internal Medicine; Medication Errors; Medication Reconciliation; Polypharmacy
Description
Introduction: Ageing population is characterized by multiplecomorbidities, polypharmacy and medication safety vulnerability. Medication discrepancies, together with the inexistence ofmedication reconciliation procedures that implement NationalHealth Department recommendations, lead to negative consequences as drug interactions, healthcare non-programmed admissions and to geriatric syndromes.Materials and Methods: The authors audited the prevalenceof medication reconciliation at discharge, analysing the pharmacological record and identifying discrepancies and errorsof medication. As a secondary endpoint, inward patients werecharacterized. Data was collected through computer recordconsultation as well as through patient or caregiver interview.Results: Median of age was 78 years and half of patientswere totally dependent. There was a 3.9 average of comorbidities, medication reconciliation was present in 47% and in 61%there was at least one medication discrepancy or error. Themedication error most frequently encountered was the introduction error.Discussion and Conclusion: The high prevalence of medication discrepancies and of non- medication reconciliation is inpart due to the inexistence of a systematic process for collecting pharmacological history, poor doctor-patient communication and the lack of medication reconciliation procedure. Thehigher prevalence of introduction errors may be due to copypaste of previous and out of date pharmacological records.There is a need for prospective studies that evaluate the medication reconciliation influencing factors, the medication errorsand its short and long-term consequences.
Introdução: O envelhecimento populacional associa-se aum perfil de doentes caracterizado pelas múltiplas comorbilidades, polimedicação e vulnerabilidade quanto à segurançafarmacológica. As discrepâncias de medicação, em conjuntocom a ausência de um procedimento de reconciliação terapêutica que implemente as recomendações da Direção Geral deSaúde, levam a consequências negativas como as interaçõesmedicamentosas, recurso não programado aos cuidados desaúde e síndromes geriátricos.Material e Métodos: Os autores realizaram uma auditoria da prevalência da reconciliação terapêutica à data da alta,avaliando os registos farmacológicos e identificando as discrepâncias e erros de medicação. Como objetivo secundáriofoi caracterizada a população internada. Os dados foram colhidos através da consulta do processo clínico e por entrevista aodoente ou cuidador.Resultados: A mediana de idades foi de 78 anos, metadedos doentes eram totalmente dependentes e verificou-se umamédia de 3,9 comorbilidades por doente. Houve reconciliaçãoterapêutica em apenas 47% e em 61% houve pelo menos umadiscrepância de medicação, sendo o erro de introdução o maisfrequente.Discussão e Conclusão: A elevada prevalência de discrepâncias de medicação e de não reconciliação advém, emparte, da ausência de um processo sistemático de recolha dahistória farmacológica, de problemas na comunicação médicodoente e da inexistência de um procedimento de reconciliaçãoterapêutica. A maior frequência do erro de introdução poderárelacionar-se com a cópia de registos clínicos desatualizados.São necessários estudos prospetivos que caracterizem os fatores que influenciam a não reconciliação terapêutica, os errosde medicação e as suas consequências a curto e longo prazo.