Detalhes do Documento

Portugal’s Contribution to Reproductive, Maternal, Newborn, and Child Health in Guinea-Bissau: A Review of Portugal’s Official Development Assistance (2002-2018)

Autor(es): Casimiro, Anaxore ; Jareski Andrade, Michel ; Maulide Cane, Reka ; Varandas, Luís ; Craveiro, Isabel

Data: 2025

Origem: Anais do Instituto de Higiene e Medicina Tropical


Descrição

 Introduction: Reproductive, maternal, neonatal and child health (RMNCH) remains one of the main global health challenges, especially in low-income countries. In Guinea-Bissau, indicators in this area remain worrying, reflecting persistent structural weaknesses. Portugal, as a long-standing partner, has supported the health sector through various cooperation initiatives. Objective: This study analyses trends in Portuguese funding for RMNI in Guinea-Bissau. Materials and Methods: To estimate disbursements for SRMNI in Guinea-Bissau from 2002 to 2018—defined based on data availability—funding information reported in the Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD) Creditor Reporting System was compiled and the Muskoka2 methodology was applied. This method allows the proportion of Official Development Assistance (ODA) allocated annually to SRMNI to be calculated by donor and beneficiary country. The estimates were analyzed using SPSS (version 28.0) and Excel (version 16.0) software. Results: Between 2002 and 2018, Portugal allocated 215.6 million dollars in Official Development Assistance to Guinea-Bissau, of which 22.4 million (10.4%) was channeled to SRMNI. Most of this funding (72.4%) was allocated to medical evacuation to Portugal, revealing a strong external dependence for specialized care. Only 15% of resources were invested in reproductive health care, human resource development for health, and infectious disease control. Structural areas, such as family planning and strengthening the health system, received residual funding. Conclusion: Portugal played a crucial role in financing SRMNI in Guinea-Bissau, with an emphasis on patient evacuation. The high dependence on medical evacuation compromises the autonomy and resilience of the Guinean health system. Future initiatives should balance immediate needs with long-term investments aimed at strengthening health infrastructure and training health professionals, in order to ensure greater resilience of the Guinean health system in contexts of crisis and reduced funding.

  Introduction: La santé reproductive, maternelle, néonatale et infantile (SRMNI) demeure un enjeu majeur de santé mondiale, en particulier dans les pays à faible revenu. En Guinée-Bissau, les indicateurs restent préoccupants, traduisant des faiblesses structurelles persistantes. Le Portugal, en tant que partenaire historique, soutient ce secteur à travers des initiatives de coopération bilatérale. Objectif: Analyser l’évolution et les priorités du financement portugais en faveur de la SRMNI en Guinée-Bissau, en mettant en lumière ses implications sur la durabilité du système de santé. Méthodes: L’étude couvre la période 2002-2018, définie selon la disponibilité des données et la cohérence avec les cycles de coopération. Les décaissements ont été extraits du Système de notification des pays créanciers de l’OCDE et analysés selon la méthodologie Muskoka2, qui estime la part annuelle de l’aide publique au développement (APD) destinée à la SRMNI, par pays et par donateur. L’analyse a été effectuée à l’aide des logiciels SPSS (v28.0) et Excel (v16.0). Résultats: Sur 215,6 millions de dollars d’APD portugaise à la Guinée-Bissau, 22,4 millions (10,4%) ont été affectés à la SRMNI. La majorité de ce financement (72,4 %) a été consacrée à l’évacuation médicale vers le Portugal, révélant une forte dépendance externe pour les soins spécialisés. Seuls 15 % ont été investis dans les soins de santé reproductive, la formation du personnel de santé et la lutte contre les maladies infectieuses. Des domaines clés comme la planification familiale ou le renforcement des capacités du système de santé ont reçu peu de soutien. Conclusion: Bien que le Portugal joue un rôle central dans le financement de la SRMNI, la concentration des ressources sur les évacuations médicales soulève des inquiétudes quant à la durabilité du système de santé guinéen. Les futures coopérations devraient privilégier des investissements structurels à long terme, en misant sur les ressources humaines et les infrastructures locales pour renforcer la résilience face aux crises et à la variabilité des financements.

 Introdução: A saúde reprodutiva, materna, neonatal e infantil (SRMNI) permanece como um dos principais desafios globais de saúde, especialmente nos países de baixa renda. Na Guiné-Bissau, os indicadores nesta área mantêm-se preocupantes, refletindo fragilidades estruturais persistentes. Portugal, enquanto parceiro histórico, tem apoiado o setor da saúde através de várias iniciativas de cooperação. Objetivo: Este estudo analisa as tendências de financiamento de Portugal para a SRMNI na Guiné-Bissau. Material e Métodos: Para estimar os desembolsos destinados à SRMNI na Guiné-Bissau, no período de 2002 a 2018 — definido com base na disponibilidade de dados, foram compiladas informações de financiamento reportadas no Creditor Reporting System da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e aplicada a metodologia Muskoka2. Este método permite calcular a proporção da Ajuda Pública ao Desenvolvimento (APD) alocada anualmente à SRMNI, por doador e país beneficiário. A análise das estimativas foi realizada com recurso aos softwares SPSS (versão 28.0) e Excel (versão 16.0). Resultados: Entre 2002 e 2018, Portugal atribuiu 215,6 milhões de dólares em Ajuda Pública ao Desenvolvimento à Guiné-Bissau, dos quais 22,4 milhões (10,4%) foram canalizados para a SRMNI. A maior parte deste financiamento (72,4%) foi destinada à evacuação médica para Portugal, revelando uma forte dependência externa para cuidados especializados. Apenas 15% dos recursos foram investidos em cuidados de saúde reprodutiva, desenvolvimento de recursos humanos para a saúde e controlo de doenças infeciosas. Áreas estruturantes, como o planeamento familiar e o reforço do sistema de saúde, receberam financiamento residual. Conclusão: Portugal teve um papel crucial no financiamento da SRMNI na Guiné-Bissau, com ênfase na evacuação de doentes. A elevada dependência da evacuação médica compromete a autonomia e a resiliência do sistema de saúde guineense. Futuras iniciativas devem equilibrar as necessidades imediatas com investimentos de longo prazo, voltados ao fortalecimento da infraestrutura de saúde e à capacitação dos profissionais de saúde, de modo a assegurar uma melhor resiliência do sistema de saúde guineense em contextos de crise e da redução do financiamento.

Tipo de Documento Artigo científico
Idioma Português
facebook logo  linkedin logo  twitter logo 
mendeley logo

Documentos Relacionados

Não existem documentos relacionados.