Autor(es): da Silva, Roseane Amorim ; Menezes, Jaileila de Araújo
Data: 2018
Origem: Oasisbr
Assunto(s): jovens quilombolas; jovens urbanos; interseccionalidade
Autor(es): da Silva, Roseane Amorim ; Menezes, Jaileila de Araújo
Data: 2018
Origem: Oasisbr
Assunto(s): jovens quilombolas; jovens urbanos; interseccionalidade
No presente estudo pode ser observado alguns aspectos que emergem dos encontros entre os/as jovens rurais quilombolas e urbanos/as. Através dos/as jovens quilombolas buscou-se conhecer como acontecem esses encontros. Os/as quilombolas fazem parte de uma pesquisa realizada em duas comunidades, localizadas na área rural do município de Garanhuns/PE, cujos nomes são Castainho e Estivas. A pesquisa foi realizada em dois momentos: no primeiro aconteceu a observação participante nas comunidades, em seguida 20 entrevistas semiestruturas com os/as jovens. Os dados construídos foram analisados a partir da interseccionalidade de gênero, raça e classe social. Foi visto que os/as jovens urbanos/as frequentam as comunidades quilombolas, principalmente nos finais de semana, onde têm práticas de lazer. Os/as jovens quilombolas frequentam a área urbana com finalidades diversas: estudos, trabalho, festas. Percebe-se que esse encontro entre as juventudes no contexto quilombola, muitas vezes, é atravessado por situações de opressão e desigualdades. Os/as jovens urbanos fazem uso do território quilombola sem restrições, ligam som em alto volume, bebem, escolhem o lugar do bar onde querem ficar, o mesmo não acontece quando os/as quilombolas estão na cidade. As relações desiguais de classe, raça e gênero são marcadas no próprio território quilombola, a exemplo dos/as jovens urbanos que frequentam as comunidades, mas não se “misturam” com as pessoas de lá. Considera-se importante observar essa realidade, uma vez que buscou-se compreender as vivências dos/as jovens no intuito de visibilizar limites e possibilidades que circunscrevem a vida das juventudes.