Autor(es): Nunes David, Teresa ; Bismarck Pereira, João
Data: 2025
Origem: Lusíadas Scientific Journal
Assunto(s): COVID-19; COVID-19 vaccine; Child; COVID-19; Vacinas contra COVID-19; Criança
Autor(es): Nunes David, Teresa ; Bismarck Pereira, João
Data: 2025
Origem: Lusíadas Scientific Journal
Assunto(s): COVID-19; COVID-19 vaccine; Child; COVID-19; Vacinas contra COVID-19; Criança
Vaccination against COVID-19 (coronavirus disease 2019) was a fundamental tool in the pandemic control strategy and its benefits were greater in the groups at higher mortality risk. Children and adolescents with COVID-19 generally present with mild and often asymptomatic disease, but they may have severe respiratory and/or inflammatory clinical manifestations resulting in hospital admission with around one-third requiring intensive care. Mortality from COVID-19 in children and young adults is low and the existence of chronic diseases or underlying medical conditions is relevant to clinical severity and prognosis. Currently, after the end of the pandemic was declared in May 2023, vaccination of children in Portugal no longer covers healthy children, but includes children with immunosuppression and chronic diseases. Following WHO recommendations, several European countries have adopted a similar strategy. Other countries, such as the United States of America (US), continue to vaccinate healthy children as part of the public health strategy to control the disease and improve immunity. In Portugal, the vaccination of children belonging to risk groups requires the involvement of pediatricians, who are involved in the care of children with diverse chronic diseases in various areas and who may play a relevant role in overcoming vaccine hesitancy of the parents that results from lack of knowledge, misinformation or a mistaken perception of low risk.
A vacinação contra a COVID-19 constituiu uma estratégia fundamental no controlo da pandemia e o seu benefício foi maior nos grupos de maior risco e com maior mortalidade. As crianças e adolescentes com COVID-19 apresentam, em geral, doença ligeira e frequentemente assintomática, mas existem manifestações clínicas graves respiratórias e/ou inflamatórias associadas em que há necessidade de internamento hospitalar e, em cerca de um terço dos casos, em unidades de cuidados intensivos (UCI). A mortalidade por COVID-19 das crianças e adultos jovens é baixa e a existência de doenças crónicas ou condições médicas subjacentes tem relevância para a gravidade clínica e para o prognostico. Atualmente, após declaração do final da pandemia em Maio de 2023, a vacinação das crianças em Portugal deixou de abranger crianças saudáveis, mas inclui as crianças com imunossupressão e doenças crónicas. Seguindo as recomendações da OMS, vários países europeus adotaram uma estratégia semelhante. Outros países como os Estados Unidos da América mantêm vacinação de crianças saudáveis como parte da estratégia de saúde pública para controlo da doença e melhoria da imunidade. Em Portugal, a vacinação das crianças pertencentes aos grupos de risco implica o envolvimento dos pediatras, que nas várias áreas seguem crianças com doenças crónicas e que poderão ter um papel relevante contrariando a hesitação vacinal, resultado de desconhecimento, má informação e de uma perceção errada de baixo risco.