Autor(es):
Pedro, Beatriz ; Castelo, Rui ; Oliveira, Guiomar
Data: 2025
Origem: Gazeta Médica
Assunto(s): Atresia Esofágica; Diagnóstico Pré-Natal; Fístula Traqueoesofágica; Recém-Nascido; Esophageal Atresia; Infant, Newborn; Prenatal Diagnosis; Tracheoesophageal Fistula
Descrição
Introduction: Esophageal atresia (EA) is a rare congenital malformation, with mainly postnatal diagnosis, although prenatal suspicion has improved. Until surgery, these newborns need monitoring in Neonatal Intensive Care Unit (NICU). Despite mortality reduction, morbidity remains a concern. The aim of this study was to characterize the prenatal, delivery and postnatal data of EA newborns at a level three reference center.Methods: An anonymized retrospective study was performed from eighteen newborns diagnosed with EA, born between January 2007 – December 2021, who were admitted to the NICU of a level three center. Data was collected using neonate´s medical records, compiled with Microsoft Excel and analyzed by IBM SPSS statistics.Results: There was no sex prevalence and no preponderance in advanced mother’s age. Prenatal suspicion consisted on ultrasound (polyhydramnios/stomach non-visualization), where EA type A had higher reports. Higher incidence of EA was found in premature newborns. An association between lower gestational age and the presence of polyhydramnios was found. Other congenital anomalies associated were common, mostly cardiac. The prevalence of EA type C and short-gap was found. Gastroesophageal reflux and esophageal stenosis were frequentcomorbidities.Conclusion: Improvement in prenatal and postnatal surveillance/evaluation could reduce morbimortality and improve management of these neonates. As mortality reduced, further research is needed to target morbidity and quality of life.
Introdução: A atresia esofágica (EA) é uma malformação congénita rara, com diagnóstico maioritariamente pós-natal, apesar de a suspeita pré-natal ter melhorado ao longo dos anos. Até à realização da cirurgia, estes recém-nascidos precisam de monitorização numa Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais (NICU). Apesar da redução na mortalidade, a morbilidade mantém-se uma preocupação. O objetivo deste estudo foi caraterizar dados pré-natais, do parto e pós-natais de recém-nascidos com EA num centro de referência de nível três.Métodos: Um estudo retrospetivo anonimizado foi realizado através de dados de dezoito recém-nascidos diagnosticados com EA, nascidos entre janeiro 2007 – dezembro 2021, que foram admitidos na NICU de um centro de referência nível três. Os dados foram colhidos através de registos médicos dos recém-nascidos, compilados no Microsoft Excel e analisados pelo IBM SPSS statistics.Resultados: Não houve prevalência entre sexos nem na idade materna avançada. A suspeita pré-natal consistiu na ecografia (polihidrâmnios/não visualização do estomago), onde a EA tipo A teve maiores resultados. Uma maior incidência de EA foi encontrada em recém-nascidos prematuros. Uma associação entre idades gestacionais menores a presença de polihidrâmnios foi encontrada. Outras anomalias associadas foram comuns, principalmente cardíacas. Uma prevalência de EA tipo C e hiato-curto foram encontradas. O refluxo gastroesofágico e estenose esofágica foram comorbilidades frequentes.Conclusão: Melhoria na vigilância/avaliação pré-natal e pós-natal poderia reduzir a morbimortalidade e melhorar a gestão destes recém-nascidos. Com a redução na mortalidade, novos estudos são necessários para focarem na morbilidade e qualidade de vida.