Author(s):
Souza Reis, Thiago ; de Sousa Nóbrega, Maria do Perpétuo Socorro ; Pillon, Sandra Cristina ; Mendes Teixeira, João Alexandre ; Queiroz Soares, Rosimeire Angela ; Oliveira, Elda
Date: 2024
Origin: New Trends in Qualitative Research
Subject(s): Adolescentes; Saúde Mental; Enquadramento interseccional; Áreas de pobreza; Adolescentes; Salud mental; Marco inteseccional; Áreas de pobreza; Adolescents; Mental Health; Intersectional framework; Poverty areas
Description
Objective: To understand the everyday situations that trigger psychological distress in adolescent students from the outskirts of the city. Methods: Qualitative research, in the action research aspect. Conducted in a public elementary and high school in the city of São Paulo, Brazil. Data collection was through workshops and talking maps. The qualitative data analysis software WebQDA was used. Analysis was based on the intersectionality approach. Results: Thirty-nine adolescents aged 14 to 17 participated, 18 females and 21 males. Of these, 21 declared themselves brown, eight black, eight white, one indigenous and one yellow. Three thematic categories emerged related to their situations that lead to psychological distress: racial discrimination - being black is having a mark of inequality; gender relations - women occupy an inferior position to men; prejudice and depreciation in relation to sexual orientation; and family conflicts - the family is described as a social locus of protection and conflict. Conclusions: Everyday situations that trigger psychological distress in adolescent students are defined by social markers of difference. Social markers of race/color, social class, gender, and place of residence are present in the themes discussed, positioning adolescents in the social hierarchy. However, when these hierarchies are strained, both at home and in society, adolescents suffer psychologically. Intersectional analysis, in dialogue with the theory of social determination of the health-mental illness process, made it possible to understand the health inequities that accentuate psychological distress, rejecting the notion that it arises from a single social marker of difference.
Objetivo: Conhecer as situações cotidianas que desencadeiam o sofrimento psíquico em adolescentes escolares da periferia. Métodos: Pesquisa qualitativa, na vertente pesquisa-ação. Realizada em uma escola pública de Ensino Fundamental II e Médio da cidade de São Paulo, Brasil. Coleta de dados foi por meio de oficinas e mapa falante. Utilizou-se o Software de Análise Qualitativa de dados WebQDA. Análises à luz da abordagem da Interseccionalidade. Resultados: Participaram 39 adolescentes com faixa etária de 14 a 17 anos, sendo 18 feminino e 21 masculino. Destes, 21 se autodeclaram pardos, oito negros, oito brancos, um indígena e um amarelo. Emergiram três categorias temáticas relacionadas às suas situações que levam ao sofrimento psíquico: discriminação racial - ser negro é ter uma marca de desigualdade; relações de gênero- a mulher ocupa posição inferior à do homem, preconceito e depreciação em relação à orientação sexual; e conflitos familiares- a família é descrita como lócus social de proteção e conflito. Conclusões: As situações cotidianas que desencadeiam o sofrimento psíquico em adolescentes escolares são delineadas pelos marcadores sociais da diferença. Os marcadores sociais de raça/cor, classe social, gênero e local de moradia circulam os temas apreendidos, posicionando os adolescentes na hierarquia social. Todavia, ao tensionar essas hierarquias, tanto no ambiente da casa quanto no social, os adolescentes sofrem psiquicamente. A análise interseccional dialogada com a teoria da determinação social do processo saúde-doença-mental, possibilitou entender as iniquidades de saúde, que acentuam o sofrimento psíquico, rejeitando a noção de que ele advém de um único marcador social da diferença.
Objetivo: Conhecer as situações cotidianas que desencadeiam o sofrimento psíquico em adolescentes escolares da periferia. Métodos: Pesquisa qualitativa, na vertente pesquisa-ação. Realizada em uma escola pública de Ensino Fundamental II e Médio da cidade de São Paulo. A coleta de dados foi por meio de oficinas, técnica grupal para coleta de dados em grupos. Para a organização do material, foi empregado o Software WebQDA. Os temas encontrados foram analisados pela teoria da Interseccionalidade. Resultados: Participaram 39 adolescentes com faixa etária de 14 a 17 anos. Destes, 21 se autodeclaram pardos, oito negros, oito brancos, um indígena e um amarelo. 18 do sexo feminino e 21 masculino. Das análises, emergiram três categorias temáticas relacionadas às suas situações cotidianas que levam ao sofrimento psíquico: discriminação racial; relações de gênero e conflitos familiares. Conclusões: As situações cotidianas que desencadeiam o sofrimento psíquico em adolescentes escolares, são delineadas pelos marcadores sociais da diferença. Os marcadores sociais de raça/cor, classe social, gênero e local de moradia circulam os temas apreendidos, posicionando os adolescentes na hierarquia social. Todavia, ao tensionar essas hierarquias, tanto no ambiente da casa quanto no social, os adolescentes sofrem psiquicamente. A análise interseccional dialogada com a teoria da determinação social do processo saúde-doença-mental, possibilitou entender as iniquidades de saúde, que acentuam o sofrimento psíquico, rejeitando a noção de que ele advém de um único marcador social da diferença.