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Five-Year Risk of Basal Cell Carcinoma Recurrence After a Conventional Surgical Excision

Autor(es): Duarte, Bruno ; Vieira, Luis ; Ribeiro, Luis ; Pessoa e Costa, Tomás ; João, Alexandre ; Varanda, Alice ; Cabete, Joana

Data: 2020

Origem: Revista da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia

Assunto(s): Carcinoma, Basal Cell; Dermatologic Surgical Procedures; Skin Neoplasms; Carcinoma Basocelular; Neoplasias da Pele; Procedimentos Cirúrgicos Dermatológicos


Descrição

Introduction: Basal cell carcinomas are mostly treated surgically, mostly by surgery with postoperative histopathologic margin evaluation (“conventional surgery”), but large long-term data regarding recurrence by completeness of excisions is limited. Methods: Retrospective cohort study of basal cell carcinomas treated by conventional surgery at different medical specialties in a large tertiary centre, between 2008 and 2014. Survival analysis with a Cox proportional-hazards was performed, stratified by completeness of excision (complete excision/incomplete excision) and adjusted to several potentially confounding covariates. Results: A total of 2876 basal cell carcinomas were identified, of which 2306 (2100 primary, 206 recurrent) were considered eligible for analysis. During the 5-years of follow-up, there were 80 (4%) recurrences among 1980 complete excisions (16/1000 cases-year) and 83 (23.9%) recurrences among 348 incomplete excisions (100/1000 cases-year). Survival analysis was performed with multivariable adjustment. In the final adjusted model, we identified an association between relapse and re-intervention on recurrent tumors [adjusted Hazard Ratio (HR) 2.20 (95% Confidence interval (IC), 1.26-3.84), p=0.006], a wrong preoperative clinical diagnosis/surgery devoid of preoperative biopsy [adjusted HR 2.75 (95% CI, 1.68-4.5), p<0.001], treatment prior to 2012 [adjusted HR 1.47 (95% IC, 1.06-2.05), p<0.021] and surgery on a high-risk location, accordingly to the NCCN stratification [adjusted HR 2.18 (95% CI, 1.08-4.40), p<0.030]. By specific anatomic location, the likelihood of recurrence was especially high in the nose [adjusted HR 3.18 (95% CI 1.71-5.87), p<0.001] and eyelids [adjusted HR 3.08 (95% CI, 1.32-7.17), p=0.009]. There was also a trend towards higher recurrence in aggressive histological subtypes [adjusted HR 1.43 (95% CI 0.99-2.07), p<0.058]. Conclusion: Recurrent basal cell carcinomas, regardless of location, and primary basal cell carcinomas on high-risk locations of the face, especially on the eyelids and nose, should be considered to have a higher and independent likelihood of recurrence, even on “complete excisions” evaluated by histopathology. On the other hand, wait-andsee approaches in incompletely excised BCCs should be considered against a significant 5-year risk of relapse (1 in 10 lesions).

Introdução: O tratamento dos carcinomas basocelulares é maioritariamente cirúrgico, sobretudo por cirurgia com avaliação histopatológica pós-operatória da margem (cirurgia convencional), mas os dados a longo-prazo relativos a recidiva de acordo com o resultado histológico da margem (excisão completa versus excisão incompleta, mantida em follow-up) são limitados. Métodos: Estudo coorte retrospetivo dos carcinomas basocelulares tratados por cirurgia convencional e por diferentes especialidades médico-cirúrgicas num centro terciário, entre 2008 e 2014. Realizou-se uma análise multivariada com uma regressão de Cox, estratificada pelo resultado da avaliação histológica da margem (excisão completa/incompleta) e ajustada a várias variáveis recolhidas. Resultados: Um total de 2876 carcinomas basocelulares foram identificados, dos quais 2306 [2100 primários, 206 recidivantes (primeira recidiva)] foram considerados elegíveis para análise. Nos 5 anos de follow-up, verificaram-se 80 (4%) recidivas entre os 1959 tumores completamente excisados (16/1000 casos-ano), contrastando com 83 (23,9%) recidivas em 347 excisões incompletas (100/1000 casos-ano). Foi realizada uma análise de sobrevida ajustada. No modelo final, ajustado, multivariado, foi identificada associação entre recidiva e intervenção cirúrgica a tumores recorrentes [hazard ratio (HR) ajustado 2,20 (Intervalo confiança (IC) 95%, 1,26-3,84), p=0,006], cirurgia com diagnóstico pré-operatório errado/ausência de realização de biópsia prévia [HR ajustado 2,75 (IC 95%, 1,68-4,5), p<0,001], tratamento prévio a 2012 [HR ajustado 1,47 (CI 95%, 1,06- 2,05), p<0,021] e cirurgia em localização de alto-risco, de acordo com a classificação NCCN [HR ajustado 2,18 (IC 95%, 1,08- 4,40), p<0,030]. Por localização anatómica específica, a probabilidade de recidiva a longo-prazo é especialmente elevada se a cirurgia for na pirâmide nasal [HR ajustado 3,18 (IC 95%, 1,71-5,87), p<0,001] ou nas pálpebras [HR ajustado 3,08 (CI 95%, 1,32-7,17), p=0,009]. Verificou-se também uma tendência para maior recidiva nos subtipos histológicos agressivos [HR ajustado 1,43 (IC 95%, 0,99-2,07), p<0,058]. Conclusão: Os carcinomas basocelulares recorrentes, independentemente da localização, e os carcinomas basocelulares primários em localizações de alto-risco da face, particularmente na pirâmide nasal e nas pálpebras, determinam um risco de recidiva superior e independente a longo-prazo, mesmo nas excisões “completas”. Por outro lado, as estratégias wait-and-see nos carcinomas basocelulares incompletamente excisados devem ponderar o risco de recidiva aos 5 anos (1 in 10 lesões).

Tipo de Documento Artigo científico
Idioma Inglês
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