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ANOGENITAL WARTS IN CHILDREN – A CHALLENGING DIAGNOSIS

Autor(es): Belo Morais, Rita ; Valério, Margarida ; Amaro, Cristina

Data: 2015

Origem: Revista da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia

Assunto(s): Child; Child abuse; sexual; Condylomata acuminata; Papillomavirus infections; Verrugas anogenitais; Criança; Papiloma vírus humano; Abuso sexual


Descrição

Anogenital warts (AGW) are benign tumors of the skin and mucosal epithelium caused by human papilloma virus infection. There is a growing prevalence of anogenital warts in the pediatric population, resulting from vertical transmission, auto or heteroinoculation. The diagnosis is primarily clinical and biopsy is reserved for doubtful diagnosis. Most lesions resolve spontaneously over time but recurrence is frequent, even after treatment, so watchful waiting is a valid option. The possibility of sexual abuse in children with anogenital warts represents a challenge in clinical practice. Most authors consider that the diagnosis of sexual abuse relies mainly on a complete anamnesis, a skilled interviewer and a thorough physical examination. There is general consensus that the probability of abuse increases with the child’s age, especially over 5 years of age. For children under 2 years, nonsexual human papilloma virus transmission should be strongly considered, in the absence of traumatic signs, other sexually transmitted diseases or a consistent history of abuse. However, sexual abuse cannot be ruled out at any age, so a careful follow-up is required, considering all the previously mentioned factors.

As verrugas anogenitais são tumores epiteliais benignos da pele e mucosas resultantes da infeção pelo papiloma vírus humano. Observa-se uma prevalência crescente na população pediátrica, na qual ocorrem por transmissão vertical, auto ou hetero-inoculação. O diagnóstico é clínico e a biopsia reserva-se para casos duvidosos. Na maioria há uma regressão espontânea mas a taxa de recidiva é elevada, mesmo sob terapêutica, pelo que a vigilância clínica é uma opção válida. A possível associação entre verrugas anogenitais e abuso sexual na criança constitui um desafio na prática clínica. A maioria dos autores considera que o diagnóstico de abuso depende fundamentalmente da qualidade da anamnese, da experiência dos profissionais envolvidos na avaliação e do exame objetivo da criança. É consensual que a probabilidade de abuso aumenta com a idade da criança, principalmente após os 5 anos. Abaixo dos dois anos a transmissão não sexual do papiloma vírus humano deve ser fortemente considerada na ausência de sinais traumáticos, de outra doença sexualmente transmissível ou de história consistente de abuso. Contudo, em nenhuma idade a hipótese de abuso sexual poderá ser excluída, requerendo um seguimento clínico com ponderação de todos os fatores mencionados.

Tipo de Documento Artigo científico
Idioma Português
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