Author(s): Monteiro, Sara ; Salazar, Luís ; Oliveira, João ; Souto, Mariana ; Morais, Lurdes ; Ramos, Ana ; Ferreira-Magalhães, Manuel
Date: 2024
Origin: NASCER E CRESCER - BIRTH AND GROWTH MEDICAL JOURNAL
Subject(s): Review Articles
Author(s): Monteiro, Sara ; Salazar, Luís ; Oliveira, João ; Souto, Mariana ; Morais, Lurdes ; Ramos, Ana ; Ferreira-Magalhães, Manuel
Date: 2024
Origin: NASCER E CRESCER - BIRTH AND GROWTH MEDICAL JOURNAL
Subject(s): Review Articles
Introduction: With the emergence of the COVID-19 pandemic, several non-pharmacological measures were adopted to prevent and control the transmission of SARS-CoV-2. Objective: To compare pediatric hospitalizations for acute respiratory infections (ARIs) before and after the emergence of SARS-CoV-2. Materials and Methods: This was a retrospective, observational study of admissions for ARIs in the pediatric ward of a tertiary hospital between April 2018 and March 2021. Inclusion criteria comprised: hospitalization of pediatric patients ([0-17[ years); length of stay >24 hours; and a respiratory infection diagnosis code from ICD-10. Data were collected using electronic clinical records. The first two years were considered ‘non-COVID-19 years’ (year[Y]1 and Y2), while the period between April 2020 and March 2021 was considered the ‘COVID-19 year’ (Y3). Results: A total of 783 hospitalizations were included in the analysis. There was a significant decrease in ARIs admissions in Y3 compared to Y1 and 2 (-67% from Y2 to Y3; p<0.001), with a decrease in the proportion of bronchiolitis cases (-42% from Y2 to Y3; p<0.001) and an increase in pneumonia cases (+124% from Y2 to Y3; p<0.001). There was a significant decrease in the incidence of respiratory viruses from Y2 to Y3 (76.6% vs. 56.4%; p<0.001), mainly driven by a decrease in respiratory syncytial virus (RSV; 46.8% in Y2 vs. 2.0% in Y3; p<0.001). Conversely, there was a significant increase in the incidence of rhinovirus from Y2 to Y3 (15.3% vs. 22.8%; p<0.001), and SARS-CoV-2 was identified in 31.7% of cases in Y3. More chest computed tomography scans were performed (5.6% vs. 10.9%; p<0.001) and more systemic steroids were used (26.3% vs. 40.6%; p=0.023) from Y2 to Y3. Conclusions: Population-based non-pharmacological measures implemented during the COVID-19 pandemic were associated with a reduction in pediatric hospitalizations for ARIs. The decrease in ARIs due to RSV is particularly noteworthy in this pandemic context. Keywords: child; COVID-19; respiratory syncytial virus; respiratory tract infection
Introdução: Com o surgimento da pandemia de COVID-19, foram adotadas várias medidas não farmacológicas para prevenir e controlar a transmissão do SARS-CoV-2. Objetivo: Comparar os internamentos pediátricos por infeção respiratória (IR) antes e depois do aparecimento do SARS-CoV-2. Métodos: Estudo observacional retrospetivo dos internamentos por IR no Serviço de Pediatria de um hospital terciário entre abril de 2018 e março de 2021. Foram incluídos todos os episódios de internamento pediátrico ([0-17[ anos) com um tempo de internamento >24 horas e código de infeção respiratória do ICD-10. Os dados foram extraídos dos registos clínicos eletrónicos. Os primeiros 2 anos foram considerados ‘anos não-COVID-19’ (ano[A]1 e A2), e entre abril de 2020 e março de 2021 foi considerado o ‘ano COVID-19’ (A3). Resultados: Foi registado um total de 783 internamentos durante o período considerado. Houve uma redução significativa na incidência de vírus respiratórios no A3 em comparação com o A1 e A2 (-67% do A2 para A3; p<0,001), com uma redução na proporção de casos de bronquiolite (-42% do A2 para A3; p<0,001) e um aumento na proporção de casos de pneumonia (+124% do A2 para A3; p<0,001). Houve uma redução na incidência de vírus respiratórios do A2 para o A3 (76,6% e 56,4%, respetivamente; p<0,001), principalmente devido ao vírus sincicial respiratório (VSR; 46,8% no A2 e 2,0% no A3; p<0,001). Por outro lado, houve um aumento significativo na incidência de rinovírus do A2 para o A3 (15,3% no A2 e 22,8% no A3; p<0,001) e o SARS-CoV-2 foi identificado em 31,7% dos casos no A3. Foram ainda realizadas mais tomografias computadorizadas de tórax (5,6% vs. 10,9%; p<0,001) e utilizados mais corticoides sistémicos (26,3% vs. 40,6%; p= 0,023) do A2 para o A3. Conclusões: As medidas populacionais não farmacológicas implementadas durante a pandemia de COVID-19 associaram-se a uma redução dos internamentos pediátricos por IR, sobretudo por VSR. Palavras-chave: criança; COVID-19; infeções do trato respiratório; internamento