Author(s):
Jorge, Patrícia ; Jorge, Patrícia
Date: 2022
Origin: Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
Subject(s): Homelessness; Homeless person with mental illness; Psychosocial interventions; Housing-first; Sem abrigo; Doença mental em sem-abrigo; Intervenções psicossociais; Housing-first; Indigencia; Persona sin hogar con enfermedad mental; Intervenciones psicosociales; Vivienda primero
Description
The definition of homeless is not consensual and varies between someone who literally lives on the street, to a broader definition. Being homeless is the result of a heterogeneous and multidimensional phenomenon, which can affect not only the most vulnerable individuals but also those who were in a stable economic and social situation. The relationship between homelessness and psychiatric illness has long been known. There is a higher prevalence of all mental pathologies ranging from 25 to 50%. The risk of becoming homeless for people diagnosed with mental illness is ten times greater than for the general population because the functionality and autonomy of the subjects can be highly affected. The adversities associated with becoming and staying homeless are complex and can create unique combinations of stressors for people with a predisposition to mental health problems. Working with homeless people is hard work. The central problem for the homeless with mental illness is the lack of accessibility to treatment in the community and the lack of adequate housing. Social policies must be comprehensive and consider the heterogeneity of the homeless population, developing strategies adjusted to different needs, flexible, and adapted to each person.
La definición de personas sin hogar no es consensuada y varía entre alguien que vive literalmente en la calle, hasta una definición más amplia. La falta de vivienda es el resultado de un fenómeno heterogéneo y multidimensional, que puede afectar no solo a las personas más vulnerables, sino también a las que se encontraban en una situación económica y social estable. La relación entre la falta de vivienda y la enfermedad psiquiátrica se conoce desde hace mucho tiempo. Existe una mayor prevalencia de todas las patologías mentales así como patologías duales que van del 25 al 50%, siendo el valor más mencionado 1/3. El riesgo de quedarse sin hogar para las personas diagnosticadas con enfermedad mental es diez veces mayor que para la población en general, debido a que la funcionalidad y autonomía de los sujetos puede verse muy afectada. Las adversidades asociadas con quedarse sin hogar y quedarse sin hogar son complejas y pueden crear combinaciones únicas de factores estresantes para las personas con predisposición a los problemas de salud mental. Trabajar con personas sin hogar es un trabajo duro. El problema central de las personas sin hogar con enfermedades mentales es la falta de acceso al tratamiento en la comunidad y la falta de una vivienda adecuada. Las políticas sociales deben ser integrales y tener en cuenta la heterogeneidad de la población sin hogar, desarrollando estrategias ajustadas a las diferentes necesidades, flexibles y adaptadas a cada persona.
A definição de sem-abrigo não é consensual e varia entre alguém que vive literalmente na rua a um conceito mais alargado. Ser sem-abrigo resulta de um fenómeno heterogéneo e multidimensional, que pode afetar não só os indivíduos mais vulneráveis, como também aqueles que se encontram numa situação económica e social estável. A relação entre ser sem-abrigo e ter doença psiquiátrica é há muito conhecida. Há uma maior prevalência de todas as patologias mentais em sem-abrigo em relação à população geral, situando-se entre os 25 a 50%. O risco de ficar em situação de sem-abrigo para pessoas diagnosticadas com doenças mentais é dez vezes maior do que para a população em geral, na medida em que a funcionalidade e a autonomia dos indivíduos podem ficar altamente afetadas. Além disso, as adversidades associadas a tornar-se e a permanecer sem-abrigo são complexas e podem também elas criar combinações únicas de fatores de stresse para problemas de saúde mental. Trabalhar com pessoas em situação de sem-abrigo e, especialmente com doença mental, é um trabalho exigente. O problema central nos sem-abrigo com doenças mentais é a falta de acessibilidade aos tratamentos na comunidade e de habitação adequada. As políticas sociais devem ser abrangentes e ter em consideração a heterogeneidade da população sem-abrigo, desenvolvendo estratégias ajustadas às diferentes necessidades, flexíveis e adaptadas a cada pessoa.