Author(s):
Correia Azevedo, Pedro ; Rei, Cátia ; Grande, Rui ; Saraiva, Mariana ; Guede-Fernández, Federico ; Oliosi , Eduarda ; Londral, Ana
Date: 2024
Origin: Acta Médica Portuguesa
Subject(s): Home Care Services, Hospital-Based; Hospitalization; Patient-Centered Care; Patient Safety; Cuidados Centrados no Doente; Hospitalização; Segurança do Doente; Serviços Hospitalares de Assistência Domiciliar
Description
Introduction: In Portugal, evidence of clinical outcomes within home-based hospitalization programs remains limited. Despite the adoption of homebased hospitalization services, it is still unclear whether these services represent an effective way to manage patients compared with inpatient hospital care. Therefore, the aim of this study was to evaluate the outcomes of home-based hospitalization compared with conventional hospitalization in a group of patients with a primary diagnosis of infectious, cardiovascular, oncological, or ‘other’ diseases.Methods: An observational retrospective study using anonymized administrative data to investigate the outcomes of home-based hospitalization (n = 209) and conventional hospitalization (n = 192) for 401 Portuguese patients admitted to CUF hospitals (Tejo, Cascais, Sintra, Descobertas, and the Unidade de Hospitalização Domiciliária CUF Lisboa). Data on demographics and clinical outcomes, including Barthel index, Braden scale, Morse scale, mortality, and length of hospital stay, were collected. The statistical analysis included comparison tests and logistic regression.Results: The study found no statistically significant differences between patients’ admission and discharge for the Barthel index, Braden scale, and Morse scale scores, for both conventional and home-based hospitalizations. In addition, no statistically significant differences were found in the length of stay between conventional and home-based hospitalization, although patients diagnosed with infectious diseases had a longer stay than patients with other conditions. Although the mortality rate was higher in home-based hospitalization compared to conventional hospitalization, the mortality risk index (higher in home-based hospitalization) assessed at admission was a more important predictor of death than the type of hospitalization.Conclusion: The study found that there were no significant differences in outcomes between conventional and home-based hospitalization. Home-based hospitalization was found to be a valuable aspect of patient- and family-centered care. However, it is noteworthy that patients with infectious diseases experienced longer hospital stays.
Introdução: Em Portugal, a evidência dos resultados clínicos dos programas de Hospitalização Domiciliária tem sido limitada. Apesar da adoção de serviços de hospitalização domiciliária, ainda não se sabe se estes representam uma forma eficaz de gerir os doentes em comparação com os cuidados hospitalares em regime de internamento. Por conseguinte, este estudo avaliou o impacto da hospitalização domiciliária em comparação com a hospitalização convencional em doentes que receberam um diagnóstico primário de doença infecciosa, cardiovascular, oncológica ou ‘outro’.Métodos: Foi realizado um estudo observacional retrospetivo com recurso a dados administrativos anonimizados para investigar os resultados da hospitalização domiciliária (n = 209) e da hospitalização convencional (n = 192) em 401 doentes portugueses internados em hospitais CUF (Tejo, Cascais, Sintra, Descobertas e Unidade de Hospitalização Domiciliária CUF Lisboa). Foram recolhidos dados demográficos e de resultados clínicos, nomeadamente índice de Barthel, escala de Braden, escala de Morse, mortalidade e tempo de internamento. A análise estatística incluiu testes de comparação e regressão logística.Resultados: Neste estudo não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas na variação no índice de Barthel, na escala de Braden e na escala de Morse entre a admissão e a alta hospitalar, tanto nos doentes em hospitalização domiciliária como hospitalização convencional. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas no tempo de internamento entre a hospitalização domiciliária e hospitalização convencional, mas os doentes diagnosticados com doenças infeciosas apresentaram um tempo de internamento maior do que os restantes doentes. Embora a taxa de mortalidade tenha sido maior na hospitalização domiciliária do que na hospitalização convencional, o índice de risco de mortalidade (elevado na hospitalização domiciliária) avaliado na admissão revelou-se um preditor mais importante de morte do que o tipo de hospitalização.Conclusão: Não foram observadas diferenças significativas nos resultados entre a hospitalização convencional e a domiciliária. A hospitalização domiciliária pode ser considerada um aspeto valioso dos cuidados centrados no doente e na família. No entanto, é de salientar que os doentes com doenças infecciosas tiveram estadias hospitalares mais longas.