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Long-term Exposure to Ambient Air Pollution and its Association with Mental Well-Being, Depression and Anxiety: A Nationally Representative Study

Autor(es): Pinheiro Guedes, Lara ; Sousa-Uva, Mafalda ; Gusmão, Ricardo ; Martinho , Clarisse ; Matias Dias , Carlos ; da Conceição, Virgínia ; Gomes Quelhas , Carlos ; Saldanha Resendes , Daniel ; Gaio , Vânia

Data: 2024

Origem: Acta Médica Portuguesa

Assunto(s): Air Pollution/adverse effects; Anxiety Disorders; Depressive Disorders; Environmental Exposure; Mental Health; Particulate Matter/adverse effects; Stress, Psychological; Exposição Ambiental; Partículas em Suspensão/efeitos adversos; Perturbações de Ansiedade; Perturbações Depressivas; Poluição do Ar/efeitos adversos; Saúde Mental; Stress Psicológico


Descrição

Introduction: Exposure to ambient air pollution may play a role in the onset of common mental disorders like depressive and anxiety disorders. The association of long-term exposure to particles smaller than 10 μm (PM10) with these diseases remains unclear. This study aimed to estimate the association of long-term exposure to PM10 with mental well-being and the frequency of probable diagnosis of common mental disorders.Methods: A nationally representative cross-sectional study was done in mainland Portugal. Long-term exposure was estimated through one-year average concentrations of PM10, calculated with data from the Portuguese Environment Agency, attributed individually considering individuals’ postal codes of residence. The mental well-being and the probable diagnosis of common mental disorders were ascertained through the five-item Mental Health Inventory scale. Linear and Robust Poisson regression models were computed to estimate change percentages, prevalence ratios (PR), and their 95% confidence intervals (95% CI).Results: The median (interquartile range) concentration of PM10 was 18.6 (15.3 - 19.3) μg/m3. The mental well-being score was 72 (56 - 84) points, on a scale from 0 to 100. A probable diagnosis of common mental disorders was found in 22.7% (95% CI: 20.0 to 25.6). Long-term exposure to PM10 was associated with a non-statistically significant decrease in the mental well-being score [for each 10 μg/m³ increment in one-year average PM10 concentrations, there was a 2% (95% CI: -8 to 4) decrease], and with a non-statistically significant increase in the common mental health frequency (PR = 1.012, 95% CI: 0.979 to 1.045).Conclusion: We did not find statistically significant associations between long-term exposure to PM10 and mental well-being or the frequency of probable diagnosis of common mental disorders. These results may be explained by the reduced variability in the exposure values, given the geographical distribution and functioning of the network of air quality monitoring stations. This study contributes with evidence for low levels of air pollutants, being one of the first to adjust for individual and aggregate-level variables. Moreover, to the best of our knowledge, this was the first nationally representative, population-based study conducted on the Portuguese population using real-life data. Maintaining a robust and nationwide air quality monitoring network is essential for obtaining quality exposure data.

Introdução: A exposição à poluição do ar ambiente poderá associar-se a doenças mentais comuns como as perturbações depressivas e ansiosas. A associação entre a exposição de longo prazo a partículas inferiores a 10 μm (PM10) e estas doenças não está claramente estabelecida. Procurámos estimar a associação da exposição de longo prazo a PM10 com o bem-estar mental e a frequência de diagnóstico provável de doenças mentais comuns.Métodos: Foi realizado um estudo transversal, representativo a nível nacional, em Portugal Continental. A exposição de longo prazo foi estimada através das concentrações médias de PM10 anuais, calculadas com dados da Agência Portuguesa do Ambiente e atribuídas individualmente considerando os códigos postais de residência de sete dígitos dos indivíduos. O bem-estar mental e o diagnóstico provável de doenças mentais comuns foram obtidos através da escala de cinco itens Mental Health Inventory. Aplicaram-se regressões lineares múltiplas e Poisson robustas para estimar percentuais de mudança, razões de prevalência (RP) e seus intervalos de confiança a 95% (IC 95%).Resultados: A mediana (intervalo interquartil) da concentração de PM10 foi de 18,6 (15,3 - 19,3) μg/m3. A pontuação de bem-estar mental foi de 72 (56 - 84) pontos numa escala de 0 a 100. O diagnóstico provável de doenças mentais comuns foi observado em 22,7% (IC 95%: 20,0 a 25,6). A exposição de longo-prazo a PM10 associou-se à diminuição não estatisticamente significativa da pontuação de bem-estar mental [por cada aumento de 10 μg/m³ nas concentrações médias de PM10 anuais, ocorreu uma diminuição de 2% (IC 95%: -8 a 4)], e ao aumento não estatisticamente significativo da frequência de doenças mentais comuns (RP = 1,012, IC 95%: 0,979 a 1,045).Conclusão: Não se verificaram associações estatisticamente significativas entre a exposição de longo prazo a PM10 e o bem-estar mental ou a frequência de diagnóstico provável de doenças mentais comuns. Os resultados podem ser explicados pela reduzida variabilidade observada nos valores de exposição, limitada pela disposição geográfica e funcionamento das estações de monitorização da qualidade do ar. Este estudo acrescenta evidência para níveis reduzidos de poluição atmosférica, sendo um dos primeiros a ajustar para variáveis individuais e populacionais. Foi também o primeiro estudo de base populacional, representativo a nível nacional, realizado na população portuguesa com dados de poluição efetivamente medidos.

Tipo de Documento Artigo científico
Idioma Inglês
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