Document details

Animal representations and forms of speciesism in Environmental Studies Textbooks for the First Cycle of Basic Education in Portugal:: Exploring (In)Visibilities, Ethical Implications and Arts Education

Author(s): Nogueira, Paulo

Date: 2025

Origin: Convergências - Revista de Investigação e Ensino das Artes

Subject(s): Especismo; Ética; Imagens de animais; Cultura visual; Educação artística; Speciesism; Ethics; Animal imagery; Visual culture; Arts education; Ética; Especismo; Imágenes de animales; Cultura visual; Educación artística


Description

In Why Look at Animals? (2009), John Berger argues that the mutual gaze between animals and humans has been lost. This historical rupture, he suggests, has become irreversible within a contemporary cultural landscape shaped by capitalist extractivism and characterised by visual and ideological forms of cognitive dissociation and psychic numbing (Joy, 2018). This numbing, it can be argued, has functioned as a powerful mechanism of control, sustaining a long-standing history of abuse and violence that underlies current systems of animal exploitation and the industrial production of their lives — and their suffering (Winters, 2023). From an ethical standpoint, the notion of the animal’s best interest brings to the fore the problem of speciesism (Singer, 2008) and its anthropocentric legacies (Agamben, 2002). These legacies are embedded in pedagogical approaches that objectify, de-individualise, and reinforce binary perceptions of animals, prompting us to question not only our relationship with other species but also the ethical foundations of our own. This article results from a wider research project investigating the (in)visibility of identities in Estudo do Meio (Environmental Studies) textbooks published in Portugal since 1974 ([in]visible – 2022.05056.PTDC; 2023–2024). It examines the visual representations in a primary school textbook (Plim!), exploring how such imagery contributes to the construction, reinforcement, and normalisation of specific narratives about the animal condition.

En Why Look at Animals? (2009), John Berger sostiene que se ha perdido la mirada mutua entre animales y humanos. Sugiere que esta ruptura histórica se ha vuelto irreversible en un panorama cultural contemporáneo moldeado por el extractivismo capitalista y caracterizado por formas visuales e ideológicas de disociación cognitiva y entumecimiento psíquico (Joy, 2018). Se puede argumentar que este entumecimiento ha funcionado como un poderoso mecanismo de control, sosteniendo una larga historia de abuso y violencia que subyace a los actuales sistemas de explotación animal y a la producción industrial de sus vidas —y su sufrimiento— (Winters, 2023). Desde un punto de vista ético, la noción del interés superior del animal pone de relieve el problema del especismo (Singer, 2008) y su legado antropocéntrico (Agamben, 2002). Estos legados están arraigados en enfoques pedagógicos que objetivan, desindividualizan y refuerzan las percepciones binarias de los animales, lo que nos lleva a cuestionar no solo nuestra relación con otras especies, sino también los fundamentos éticos de la nuestra. Este artículo es el resultado de un proyecto de investigación más amplio que analiza la (in)visibilidad de las identidades en los libros de texto de Estudo do Meio (Estudios Ambientales) publicados en Portugal desde 1974 ([in]visible – 2022.05056.PTDC; 2023-2024). Examina las representaciones visuales de un libro de texto de primaria (¡Plim!), explorando cómo esas imágenes contribuyen a la construcción, el refuerzo y la normalización de narrativas específicas sobre la condición animal.

Segundo John Berger (2009), em Porquê Olhar os Animais?, o olhar entre o animal e o não animal perdeu-se. Tal perda histórica tornou-se irremediável para uma ideia de cultura contemporânea baseada no extrativismo capitalista e em formas imagéticas e ideológicas de dissociação cognitiva e entorpecimento psíquico (Joy, 2018). Pode argumentar-se que um tal entorpecimento se constituiu num forte instrumento de poder ao serviço de uma história de abuso e violência, da qual derivam os atuais sistemas de exploração animal e de produção intensiva dos seus modos de vida e sofrimento (Winters, 2023). Considerada do ponto de vista moral, a questão do superior interesse do animal coloca-nos perante a problemática do especismo (Singer, 2008) e suas heranças antropomórficas (Agamben, 2002), ambas plasmadas numa pedagogia que objetifica, desindividualiza e dicotomiza a nossa perceção dos animais, sujeitando-nos, por conseguinte, a questionar as qualidades da nossa própria espécie e o princípio ético que inevitavelmente a afeta. Resultando de um projeto de investigação sobre (in)visibilidades das identidades nos manuais escolares de Estudo do Meio a partir de 1974 em Portugal ([in]visible – 2022.05056.PTDC; 2023–2024), este artigo pretende refletir nas representatividades imagéticas presentes num manual escolar do 1º ciclo do ensino básico (Plim!), e de como tais imagéticas educam, reproduzem e naturalizam narrativas sobre a condição animal. 

Document Type Journal article
Language English
facebook logo  linkedin logo  twitter logo 
mendeley logo

Related documents