Autor(es):
Gama, Sueli Rosa ; Cardoso, Letícia de Oliveira ; Engstrom, Elyne Montenegro ; Carvalho, Marilia Sá
Data: 2020
Origem: Oasisbr
Assunto(s): Imagem Corporal; Obesidade Infantil; Índice de Massa Corporal; Atenção Primária de Saúde; Estudos Transversais; Body Image; Childhood Obesity; Body Mass Index; Primary Health Care
Descrição
Objective. To verify the agreement/discrepancy between self-image and Body Mass Index (BMI), according to variables related to type of food and environment influence. Methods. Cross-sectional analysis of 195 prepubescent children (≥5 years), assisted at Primary Health Care. The World Health Organization z-score values were applied to classify the BMI. Self-image was collected using the silhouettes scale validated for children. The association of covariates with the outcome underestimation/overestimation of BMI in relation to self-image was estimated in a multinomial model. Results. The overweight children underestimated the BMI, as compared with the self-image, more often (58.6%) than the obese (22,0%) and the eutrophic (49,0%). This misrepresentation was associated with participation in the cash transfer program (OR=2.01 – 95%CI 1,04;3,90) and daily consumption of candies (OR=3.88 – 95%CI 1,05;14,39). Conclusion. Underestimation of BMI among overweight children should be accounted in primary health care practices.
Objetivo. Analisar a concordância/discrepância entre autoimagem corporal e classificação do índice de massa corporal (IMC), segundo tipo de alimentação e influências do ambiente. Métodos. Análise transversal de 195 crianças pré-púberes (≥5 anos), atendidas na Atenção Primária à Saúde (APS), Manguinhos, Rio de Janeiro, Brasil. O IMC foi classificado conforme escore-z. Avaliou-se a autoimagem pela escala de silhuetas para crianças. Estimou-se a associação entre as covariáveis e subestimação/superestimação do IMC em relação à autoimagem, em modelo multinomial. Resultados. Crianças com sobrepeso subestimaram seu IMC, em comparação com a autoimagem, em maior proporção (58,6%) que aquelas com obesidade (22,0%) ou com eutrofia (49,0%). Essa dissociação correlacionou-se com a participação no programa de transferência de renda (RC=2,01 – IC95% 1,04;3,90) e com o consumo diário de alimentos açucarados (RC=3,88 – IC95% 1,05;14,39). Conclusão. A subestimação do IMC entre as crianças com excesso de peso deve ser considerada pela APS, visando aperfeiçoar as práticas de intervenção.