Author(s):
Duarte, Naylê Francelino Holanda ; Neto, Roberto da Justa Pires ; Viana, Victoria Forte ; Feijão, Levi Ximenes ; Abreu, Karina Gatti de ; Melo, Iva Maria Lima Araújo ; Sousa, Anastácio Queiroz ; Alencar, Carlos Henrique ; Heukelbach, Jorg
Date: 2020
Origin: Oasisbr
Subject(s): Zoonoses; Raiva; Monitoramento Epidemiológico; Saúde Pública; Epidemiologia Descritiva; Zoonoses; Rabies; Epidemiological Monitoring; Public Health; Epidemiology, Descriptive
Description
Objective: To describe the epidemiology of cases of human rabies in Ceará State, Brazil, 1970-2019. Methods: We analyzed secondary data from the State Department of Health and the reference hospital. Results: Of 171 cases, 75.7% occurred in males, 60.0% in <19 year-olds, and 56.0% in urban areas. Rabies was transmitted by dogs in 74.0%, marmosets in 16.7% and bats in 7.3%. Between 1970 and 1978, there was an increase of cases (by Joinpoint Regression Program, annual percentage change [APC] = 13.7 – 95%CI 4.6;41.5), and 1978-2019 a decrease (APC = -6.7 – 95%CI -8.8;-5.9). There was a reduction of transmission by dogs (71 cases, last case in 2010) and an increase by sylvatic animals (5 cases since 2005). Conclusion: This study demonstrates changes of transmission dynamics of rabies during the last years, with reduction of transmission by dogs and relative increase of transmission by sylvatic animals.
Objetivo: Descrever os casos de raiva humana no estado do Ceará, Brasil, no período 1970-2019. Métodos: Estudo descritivo, sobre dados secundários da Secretaria da Saúde e do hospital de referência do Ceará. Resultados: Dos 171 casos, 75,7% ocorreram em homens, 60,0% nas idades até 19 anos e 56,0% em áreas urbanas. O cão foi agente transmissor em 74,0% dos casos, sagui em 16,7% e morcego em 7,3%. Entre 1970 e 1978, houve crescimento do número de casos (pelo Joinpoint Regression Program, percentual da mudança anual [APC] = 13,7 – IC95% 4,6;41,5); e entre 1978 e 2019, redução (APC = -6,7 – IC95% -8,8;-5,9). Houve redução da transmissão por cães (71 casos; último caso em 2010) e aumento relativo por mamíferos silvestres (5 casos a partir de 2005). Conclusão: O estudo evidencia mudança na dinâmica da transmissão da raiva no período observado, com redução da transmissão por cão e incremento de casos por animais silvestres.