Autor(es):
Oliveira, M ; Infante Velada, T ; Dorozhko, I ; Moreira, I ; Chantre, T ; Correia, S ; Eliseu, A ; Sousa, H
Data: 2022
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.17/4926
Origem: Repositório do Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
Assunto(s): COVID-19; Traqueotomia; Voz; Deglutição; Ventilação mecânica invasiva, complicações; HDE ORL; HSJ ORL
Descrição
A COVID-19 resultou num aumento de doentes traqueotomizados sob ventilação mecânica prolongada, cujas consequências na voz, deglutição e via aérea alta são pouco conhecidas, pelo que foi objetivo deste trabalho estudá-las. Foram considerados 37 doentes com COVID-19, internados numa Unidade de Cuidados Intensivos, traqueotomizados e descanulados entre março de 2020 e novembro de 2021. Foram incluídos no estudo 14 doentes, todos eles submetidos a entrevista com aplicação de inquéritos e 8 sujeitos também a endoscopia flexível. A média de idades foi de 49 anos e o racio masculino: feminino de 11:3. O tempo médio de entubação até à traqueotomia foi de 24 dias e até à descanulação de 51. 29% relataram alterações da deglutição, 14% da voz e 29% sintomas indicativos de refluxo faringolaríngeo. 62% das endoscopias apresentavam alterações. Os resultados preliminares mostram elevada incidência de lesões laríngeas, mas são necessários estudos a longo prazo, incluindo em doentes com COVID-19 não traqueotomizados.