Autor(es): Sousa, Ana Filipa Domingues ; Costeira, Cristina Raquel Batista ; Carvalho, Dulce Helena Ferreira de ; Augusto, Marta Raquel Viegas da Silva ; Pais, Nelson Jacinto
Data: 2020
Origem: Repositório Científico da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
Assunto(s): gestão em saúde; enfermagem
Introdução: As constantes mudanças nos sistemas de saúde requerem adaptação, impondo-se a necessidade de criação de vantagens competitivas. Os enfermeiros gestores nas instituições de saúde públicas e privadas vivenciam reais desafios, nos processos de planeamento, organização, direção e controlo. A liderança é maximizada quando os gestores apresentam níveis de satisfação/motivação significativos. Objetivo: Avaliar a perceção de gestores de enfermagem, sobre satisfação pessoal e motivacional, em instituição pública e privada na área oncológica. Metodologia: Estudo exploratório realizado em agosto de 2020, a duas enfermeiras gestoras, a desempenhar funções, uma em instituição pública e outra em instituição privada de unidades de oncologia. Colheita de dados realizada através de entrevista. Análise e transcrição efetuada por dois investigadores, com recurso ao software MAXQDA. Garantidos os pressupostos éticos. Resultados: A perceção das participantes não difere, apesar das especificidades das instituições de trabalho. O nível de remuneração mensal foi o aspeto menos satisfatório referido por ambas. No entanto, o seu nível de motivação e satisfação profissional, não é influenciado diretamente por esse aspeto, sendo classificado como muito bom (8 numa escala numérica: 0-10). Para a gestora do privado, o maior desafio é manter os colaboradores motivados, enquanto que no público, é conseguir potenciar os colaboradores a atingir níveis de maior desenvolvimento, capacitando-os para a mudança. Conclusão: As participantes classificam o nível de motivação e satisfação profissional como positivos, não existindo diferença significativa entre a gestão privada e pública. As realidades dos contextos das unidades, salientam desafios/preocupações similares, contudo, a gestora do privado reconhece a necessidade de maior autonomia nas tomadas de decisão, e a gestora do serviço público evidencia o desenvolvimento da carreira como um fator motivacional importante. As enfermeiras gestoras demonstraram estratégias de liderança, que permitem assegurar a qualidade nos cuidados de saúde, constituindo-se agentes ativos de mudança que acrescem valor às instituições e profissão. Referências Bibliográficas: Chiavenato, I. (2017). Coaching & mentoring: Construção de talentos - As novas ferramentas da gestáo de pessoas. São Paulo- Brasil: Elsevier Editora. Gasparino, R. C. (2017). Percepção da enfermagem frente ao clima de segurança do paciente em instituições públicas e privadas. Revista Gaúcha de Enfermagem, 38(3) e68240. Epub April 05, 2018.https://doi.org/10.1590/1983-1447.2017.03.68240. Martins, D., & Cruz, R. (2019). Gestão do talento em organizações da Península Ibérica. Lisboa: RH Editora. Ordem dos Enfermeiros (2015). Regulamento do Perfil de Competências do Enfermeiro Gestor. Regulamento n.º 101/2015. Diário da República, 2.ª série, n.º 48 (5948-5952).: https://www.ordemenfermeiros.pt/arquivo/legislacao/Documents/LegislacaoOE/Regulamento_101_2015_PerfilCompetenciasEnfermeiroGestor.pdf Silva, A. (06 de Dezembro de 2017). Reputação, satisfação e motivação. Obtido de INFORH: https://inforh.pt/reputacao-satisfacao-motivacao/
