Detalhes do Documento

Envolvimento do cuidador familiar em cuidados paliativos: caracterização da realidade.

Autor(es): Duarte, Beatriz Veiga Tavares ; Paiva, Ivo Cristiano Soares ; Moreira, Isabel Maria Pinheiro Borges

Data: 2022

Origem: Repositório Científico da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra

Assunto(s): Cuidados paliativos; cuidados de enfermagem; cuidadores


Descrição

Enquadramento: O empoderamento das competências dos cuidadores familiares para os cuidados colaborativos em saúde é um pilar dos cuidados paliativos. Os enfermeiros reconhecem a importância do cuidador familiar enquanto agente colaborativo. Objetivo: Caracterizar as práticas dos enfermeiros no envolvimento do cuidador à pessoa em condição paliativa. Metodologia: Análise documental de 76 processos de enfermagem de pessoas internadas numa unidade de cuidados paliativos, entre outubro e novembro de 2019. A colheita de dados decorreu entre abril e maio de 2022. Resultados: Embora esteja identificado o cuidador familiar na totalidade dos processos de enfermagem, não é evidente a manifestação de interesse do próprio em manter o seu papel de cuidador. Verifica-se a ausência de diagnósticos de enfermagem com foco no cuidador familiar (e.g., stress do prestador de cuidados ou potencial para melhorar o conhecimento e/ou habilidade). Em 26,3% dos processos consta o diagnóstico de tristeza e/ou ansiedade onde se verificam intervenções no âmbito do encorajamento à comunicação expressiva de emoções do cuidador (2,6%). Em 90,8% dos processos não foi solicitada a colaboração multidisciplinar. Dos restantes, houve colaboração da psicologia (6,6%), da medicina (1,3%) e colaboração multidisciplinar (1,3%). O diagnóstico de potencial para a dignificação da morte encontra-se em 28,9% dos processos; tem como intervenções a assistência (5,3%), apoio (2,6%) à família no processo de luto e o ensino sobre o referido processo (1,3%). Em regime de nota aberta, emergem cinco categorias: apoio emocional (22,4%), apoio no luto (18,4%), controlo sintomático (9,2%), agravamento do estado clínico (14,5%) e envolvimento do cuidador nos autocuidados (5,2%). Conclusão: O padrão de documentação dos cuidados de enfermagem não espelha o envolvimento do cuidador. Emerge consciencializar os enfermeiros e redesenhar a prática para integrar o cuidador na prestação de cuidados ao doente paliativo.

Tipo de Documento Outro
Idioma Português
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