Author(s):
Cruz, Arménio Guardado ; Veríssimo, Cristina Maria Figueira ; Ferreira, Paulo Alexandre Carvalho
Date: 2022
Origin: Repositório Científico da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
Subject(s): Comportamentos sedentários; Trabalhadores; Universidade; Promoção da atividade física; enfermagem; Saúde ocupacional
Description
Introdução A prática de atividade física (AF) em trabalhadores docentes e não docentes do ensino superior não cumpre globalmente com as diretrizes de AF recomendadas pela OMS (2020) de prática de 30 min ou mais de AF de intensidade moderada 5 dias / semana ou 20 min de AF de intensidade vigorosa em 3 dias por semana para promover a saúde. Esta situação, associada a outros comportamentos sedentários pode ter implicações na saúde física e mental. Objetivos Caraterizar os níveis de AF de trabalhadores docentes e não docentes de uma escola de enfermagem. Metodologia Estudo observacional, transversal, descritivo-correlacional, realizado com uma amostra não probabilística por conveniência. Aplicou-se um questionário via on-line com questões de caraterização sociodemográfica e a versão curta do Questionário Internacional de Avaliação da Atividade Física (IPAQ), tendo sido salvaguardados os aspetos éticos. Resultados e Discussão A nossa amostra é na maioria do género feminino, tanto entre os docentes (n=26; 73,1%), como entre os não docentes (n=30; 86,7%). Os docentes apresentam uma média de idade de 51,77 anos (DP: 10,65) e os não docentes uma média de idade de 44,57 anos (DP: 8,86). Os docentes registam apenas níveis de AF moderada (57,7%) e baixa (42,3%), enquanto os não docentes registam níveis de AF moderada (43,3,7%), baixa (40,0%) e alta (16,7%). Ambos apresentam níveis de AF (Total Met-min/semana) inferiores ao recomendado pela OMS (2020). Apenas se encontraram associações significativas nos docentes, entre a AF e o género (rpb = 588; p = .002). Conclusões Confirmaram-se níveis de AF semanal baixos em relação às recomendações da OMS, que podem ter impacto na saúde física e mental destes trabalhadores. É urgente desenvolver estratégias de intervenção para a promoção de AF em contexto laboral e extralaboral.