Author(s): Carvalho, Dulce Helena Ferreira de ; Costeira, Cristina Raquel Batista ; Sousa, Ana Filipa Domingues ; Silva, Estela Maria Teixeira da ; Simões, Susana Margarida Ferreira Alves ; Pais, Nelson Jacinto
Date: 2019
Origin: Repositório Científico da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra
Subject(s): Feridas oncológicas; betaglucano
Introdução: A infeção do local cirúrgico é uma das infeções nosocomiais mais frequentes e está associada a alta taxa de morbilidade, mortalidade e outros custos diretos e indiretos. No Inquérito de prevalência efetuado em Portugal em 2012 e que abrangeu 103 hospitais, a infeção do local cirúrgico representou 18% das infeções hospitalares detetadas, tendo sido o tipo de infeção mais frequente nos serviços de Cirurgia. Em contexto oncológico esta realidade torna-se mais preocupante, pela importância de cumprimento rigoroso de protocolos de tratamento. Objetivos: ï¼ Divulgar especificidades da utilização do bioativo betaglucano (SGB); ï¼ Refletir sobre a utilização do fármaco em oncologia; ï¼ Elencar vantagens e benefícios; ï¼ Apresentar resultados clínicos do uso de bioativo betaglucano (SGB); ï¼ Divulgar experiência clínica com a utilização de bioativo betaglucano (SGB); Metodologia: Elaborados dois estudos com duas fases de desenvolvimento: na primeira foi realizada uma revisão da literatura, durante o mês de março de 2019. Analisados n=4 artigos de estudos publicados entre o período temporal de 2017-2018, todos em língua inglesa. E na segunda fase da investigação selecionaram-se 4 casos de pessoas com feridas cirúrgicas infetadas, que consentiram entrar no estudo, durante o período de março a agosto de 2019. Foi estudada evolução através de monitorização das feridas e registo fotográfico. Resultados: Os artigos publicados revelam que o uso de betaglucano apresenta um custo benefício significativo, por apresentar vantagens para o bem-estar dos clientes, segurança e facilidade na utilização. O modo de utilização aconselhado implica o uso do mesmo durante um tratamento de seis semanas, e descontinuar a sua utilização caso não se verifique evolução cicatricial. Desconhecessem ainda as razões para justificar os casos em que não se comprovou evolução cicatricial. A utilização do bioativo betaglucano (SGB), nos quatro casos analisados, evidenciou resultados significativos na cicatrização de feridas cirúrgicas infetadas. Conclusões: O facto de ser um tratamento descrito pelos doentes como indolor, e pelos enfermeiros como de fácil aplicabilidade, a utilização do bioativo betaglucano (SGB) permite altas precoces para o domicílio, contribuindo para a redução de custos hospitalares e diminuição da taxa de infeções hospitalares. Concomitantemente, promove a qualidade de vida, conforto e bem-estar das pessoas com ferida cirúrgica infetada em oncologia. Assumindo o pressuposto que em oncologia a cicatrização célere de feridas é crucial para que o plano de tratamento oncológico possa ser rigorosamente cumprido nos tempos ótimos, a utilização do bioativo betaglucano (SGB) demonstrou ser uma excelente opção terapêutica. Apesar das evidências, devido ao tamanho reduzido da amostra, considera-se pertinente a realização de mais estudos na área.
