Autor(es):
Braz, Paula ; Machado, Ausenda ; Roquette, Rita ; Matias Dias, Carlos
Data: 2021
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.18/7878
Origem: Repositório Científico do Instituto Nacional de Saúde
Assunto(s): Anomalias Congénitas; Registo Nacional de Anomalias Congénitas; RENAC; Registos Epidemiológicos; Estados de Saúde e de Doença; Observação em Saúde e Vigilância; Epidemiologia; 2018-2019; Portugal
Descrição
O Registo Nacional de Anomalias Congénitas (RENAC) é um registo nosológico de base populacional, que recebe notificações de casos de anomalias congénitas major diagnosticadas em recém-nascidos vivos, em fetos mortos e nos fetos após interrupção médica da gravidez devida ao diagnóstico de uma anomalia grave. É objetivo do RENAC produzir e disseminar informação sobre a epidemiologia das anomalias congénitas em Portugal através do desenvolvimento e aplicação de metodologias que permitam a monitorização e a vigilância das anomalias congénitas, patologias e determinantes associados, assim como contribuir para avaliar a efetividade de algumas das medidas preventivas e o impacte do diagnóstico pré-natal. Neste relatório são apresentados os dados referentes aos anos de 2018 e 2019. Do relatório 2018-2019 apresentado, destacam-se os seguintes resultados: - As cardiopatias congénitas mantêm-se como o grupo de AC mais prevalente (68,08 casos/10 000 nascimentos) seguido do grupo das AC do sistema músculo-esquelético (40,01 casos/10 000 nascimentos). Também se evidenciam com frequências elevadas, as AC cromossómicas (34,10 casos/10 000 nascimentos), as AC do Aparelho urinário (28,13 casos/10 000 nascimentos) e as AC do SNC (21,01 casos/10 000 nascimentos); - No total de casos notificados com AC, 63,3% foram detetados na fase pré-natal, valor superior ao observado no biénio anterior. Em aproximadamente 89% destes casos, foi a ecografia obstétrica o primeiro exame pré-natal a revelar a presença de alterações; - A percentagem de nascimentos em mulheres com idade igual ou superior a 40 anos, 13,3%, aumentou relativamente à observada nos biénios anteriores (11,6% em 2016-2017 e 8,9% em 2014-2015); - O início da toma de ácido fólico antes da gravidez foi observado em cerca de 18% das notificações recebidas, frequência semelhante à observada noutros anos, e abaixo do desejável relativamente ao objetivo de prevenção primária dos defeitos do tubo neural.