Author(s):
Namorado, Sónia ; Delgado, Inês ; Coelho. Inês ; Gueifão, Sandra ; Ventura, Marta ; Alves, Clara Alves ; Castilho, Emília ; Cordeiro, Eugénio ; Dinis, Ana ; Gouveia, Bruna ; Prokopenko, Tamara ; Vargas, Patrícia ; Silva, Susana
Date: 2022
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.18/8399
Origin: Repositório Científico do Instituto Nacional de Saúde
Subject(s): Arsénio; Exposição Humana; Biomonitorização Humana; Saúde Ambiental; Avaliação do Risco; INSEF-ExpoQuim; Exposição da População Portuguesa a Químicos Ambientais; Genotoxicidade Ambiental; Portugal
Description
O arsénio é um elemento naturalmente presente no meio ambiente e que também pode ser libertado em resultado de atividades antropogénicas, podendo encontrar-se na forma de compostos orgânicos ou inorgânicos. O arsénio é considerado pela Organização Mundial de Saúde como um dos dez químicos de maior preocupação para a saúde pública, uma vez que o arsénio e os compostos inorgânicos de arsénio estão classificados como cancerígenos pela Agência Internacional para a Investigação do Cancro. A exposição a arsénio inorgânico ocorre principalmente por via alimentar, através do consumo de água e de alimentos contaminados. Em Portugal são escassos os dados sobre a exposição a arsénio na população geral, pelo que o objetivo do presente estudo é a caracterização da exposição da população adulta portuguesa a arsénio, utilizando amostras de urina colhidas num estudo populacional nacional ( INSEF-ExpoQuim). O presente trabalho incluiu 171 participantes no estudo INSEF-ExpoQuim que forneceram uma amostra de urina para análise da concentração de arsénio total por espectrometria de massa com plasma indutivo acoplado ( ICP-MS ). Observou-se uma média geométrica de 47,1 μg As/L [ IC95%: 41,4-53,5 ] e 8,8% dos indivíduos apresentavam valores de arsénio considerados elevados. Não se observaram diferenças nos níveis de arsénio por sexo, grupo etário, grau de urbanização da área de residência, nível de escolaridade e situação face ao trabalho. Os resultados preliminares obtidos apontam para a necessidade de monitorização dos níveis de arsénio na população portuguesa.