Autor(es):
Morais, Susana
Data: 2023
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.18/9140
Origem: Repositório Científico do Instituto Nacional de Saúde
Assunto(s): Aspergillus fumigatus; Epidemiologia Molecular; Microssatélites; Genotipagem; Molecular Epidemiology; Microsatellite; Genotyping; STRAf Assay; Infecções Sistémicas e Zoonoses
Descrição
Aspergillus fumigatus é um fungo sapróbio, ubíquo no ambiente, com crescente importância clínica para a saúde humana, pois é responsável por provocar, entre outras patologias, infeções invasivas graves, especialmente em indivíduos imunocomprometidos. Dada a elevada taxa de mortalidade associada às infeções relacionadas com este fungo, bem como a emergência de um grave problema de resistência aos antifúngicos triazóis utilizados como primeira linha de tratamento nestas, torna-se importante perceber a sua dinâmica no ambiente e no organismo humano. Além disso, o aparecimento de novos grupos de risco aos quais a infeção está associada, tem vindo a levantar também uma crescente preocupação no que toca aos critérios para diagnóstico e tratamento da doença, que ainda representam um desafio. O conhecimento da epidemiologia do fungo permite uma melhor perceção das suas interações com o ambiente e com o Homem, tornando esta área de elevada importância no contexto da relevância crescente de Aspergillus fumigatus na clínica. No presente estudo, foi utilizada uma técnica robusta de genotipagem, específica para Aspergillus fumigatus sensu stricto, o ensaio STRAf, que permite distinguir diferentes estirpes desta espécie, através da amplificação de loci específicos numa reação de amplificação multiplex com primers marcados com fluorescência. Com o ensaio realizado foi possível comprovar a grande variabilidade genética de Aspergillus fumigatus, tendo-se observado 85 genótipos de entre os 100 isolados viáveis analisados. Foi também possível perceber a interação entre alguns dos isolados em estudo. A técnica revelou, como esperado, um elevado poder discriminatório (0,9820) o que confirma a sua utilidade em futuros estudos epidemiológicos de grande escala, essenciais para melhor entender como abordar a problemática crescente que este fungo tem representado.