Author(s):
Santos, João Almeida ; Gomez, Verónica ; Pereira, Débora ; Leal, Sónia ; Nuak, João ; Pereira, Ana Catarina ; Silva, Susana ; Lucas, Diana ; Rodrigues, Ana Paula ; Machado, Ausenda
Date: 2024
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.18/9188
Origin: Repositório Científico do Instituto Nacional de Saúde
Subject(s): Infeções Respiratórias Agudas Graves; SARI; Infeções Respiratórias; Vírus da Gripe; Vírus Sincicial Respiratório; Vírus SARS-CoV-2; Doenças infeciosas; Portugal
Description
Em 2021, em Portugal, foi implementado um sistema de vigilância sentinela de infeções respiratórias agudas graves (SARI) baseado em registos de saúde eletrónicos hospitalares. O presente artigo tem como objetivo apresentar este sistema de vigilância assim como os dados recolhidos, nas duas unidades hospitalares envolvidas, a partir de outubro de 2023. São incluídos na vigilância os indivíduos internados ( 24 horas) aos quais seja atribuído pelo menos um código CID-10 (Classificação Internacional de Doenças, 10ª revisão) associado a SARI. Os indicadores de vigilância incluem a incidência de SARI, a proporção de SARI entre o total de hospitalizações e a fração etiológica atribuível ao SARS-CoV-2, gripe e vírus sincicial respiratório. Estes indicadores são analisados para o total de população em observação e estratificados por grupo etário. Entre a semana 40/2023 e 15/2024, foram reportados 2261 casos de SARI, com a semana 53/2023 a apresentar a incidência mais elevada (19,7/100 000 habitantes). Relativamente à idade, a incidência mais elevada tem sido observada em indivíduos com mais de 65 anos. A pesquisa de agentes infeciosos respiratórios permitiu constatar que os vírus da gripe foram os mais frequentemente detetados (45,2 %), seguidos de vírus sincicial respiratório (32,2%) e SARS-CoV-2 (22,6%). Este sistema de vigilância sentinela pretende assim contribuir para uma visão compreensiva das infeções respiratórias em Portugal.