Autor(es):
Gonçalves , Elisabete Maria Patrício
Data: 2022
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.11/8225
Origem: Repositório Científico do Instituto Politécnico de Castelo Branco
Assunto(s): Envelhecimento; Serviço de Apoio Domiciliário; Qualidade; Idoso; Gerontologia; Aging; Home Support Service; Quality; Elderly; Gerontology
Descrição
O envelhecimento constitui, para as sociedades contemporâneas desenvolvidas, uma questão cada vez mais central, assumindo reflexos, consequências e implicações numa dimensão, que é atualmente mais ampla e diversa, onde as respostas sociais assumem um papel de grande importância nestas sociedades. Com as mudanças demográficas impõem-se, também, questões que se prendem com a organização das respostas sociais dirigidas ao cidadão idoso e, nesse âmbito, opções relacionadas com a sua qualidade de vida, os seus direitos e o reconhecimento da liberdade de opções quanto aos diferentes modelos de envelhecimento e estilos de vida. Uma das respostas sociais existentes é o Serviço de Apoio Domiciliário (SAD). Os serviços de apoio no domicílio foram definidos como uma resposta social que previne a dependência e promove a autonomia. Este estudo teve como principal objetivo analisar a qualidade do Serviço de Apoio Domiciliário da Santa Casa da Misericórdia do Fundão, através da perceção dos utentes. A presente investigação privilegiou o inquérito por questionário enquanto método de recolha de informação, a 25 utentes de valência de SAD, da SCMF. Metodologicamente, trata-se de um estudo qualitativo. No Capítulo I são abordados o envelhecimento, a qualidade de vida e o papel do SAD no reforço da qualidade na vida dos utentes da valência da Santa Casa da Misericórdia do Fundão. A metodologia e recolha de dados utilizadas neste estudo constituem o Capítulo II. No Capítulo III apresentamos a análise dos resultados. No Capítulo IV abordamos a discussão dos dados. E no Capítulo V apresentamos o projeto de intervenção. As limitações identificadas, a partir dos contributos dos clientes do SAD, justifica e reforça a continuidade do paradigma da institucionalização, ou seja, investe-se mais em lares do que em equipas de apoio domiciliário. A institucionalização surge como a resposta ideal e única face à escassez de recursos que permitam a uma família cuidar do seu idoso em casa, com qualidade acrescida. As instituições parecerem estar limitadas na sua atuação por questões económicas, neste sentido, uma política de financiamento compatível com os serviços disponibilizados ao utente é indispensável. Dos resultados analisados, verificamos a carência de uma avaliação global das necessidades dos utentes, de que resulta uma intervenção que nem sempre corresponde às necessidades da pessoa que utiliza o serviço. Inclusivamente, pode parecer que nalguns casos é o utente a adaptar-se às características do serviço e não o serviço às necessidades do utente.