Autor(es): Garcia, José Luís de Oliveira ; Subtil, Filipa Mónica de Brito Gonçalves
Data: 2021
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.21/13756
Origem: Repositório Científico do Instituto Politécnico de Lisboa
Assunto(s): Computadores; Internet; Informação digital massificada; Propaganda; Vigilância; Estado totalitário informacional; Computers; Mass digital information; Surveillance; Totalitarian information state
Em finais do século XX, com os computadores como emissores multicêntricos ligados a uma rede global - a web - a potência mediática passou a estar disponível a cada usuário, o que conduziu a uma enorme confiança sobre os media digitais. Conduzida por uma perspetiva de sociologia crítica, a comunicação a apresentar tem dois objetivos. O primeiro é procurar esclarecer a origem das expectativas que se desenvolveram relativamente a esses novos media. Num quadro mental favorável à apologia das novidades tecnológicas, questionar-se-ão três grandes promessas que os media digitais carregam: a de poderem aumentar as interações cruzadas entre os sujeitos; a de alargarem a informação e o conhecimento; e a de permitirem modos informais da expressão da soberania do povo. O segundo objetivo da comunicação é revelar duas facetas sombrias desencadeadas pelos media computorizados. Por um lado, as dinâmicas de fragmentação do espaço público; por outro, a abertura de uma via de direcionamento e monitorização do comportamento. A comunicação conclui com a ideia de que o novo regime da comunicação está a significar a passagem da dominação cultural para o controlo tecnológico da sociedade permitida pela monitorização dos rastros digitais e dos sistemas de classificação dos algoritmos.
