Autor(es):
Bernardo, Gisela Teixeira de Barros Tavares Ferreira
Data: 2022
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.19/7338
Origem: Repositório Científico do Instituto Politécnico de Viseu
Assunto(s): Cognição social; Competência clínica; Competência profissional; Enfermagem obstétrica; Enfermeiros obstetras; Gravidez; Puerpério; Recém nascido; Saúde da mulher; Trabalho de parto; Clinical competence; Infant, newborn; Labor, ostetric; Nurse midwives; Obstetric nursing; Postpartum period; Pregnancy; Professional competence; Social cognition; Women's health; Violência; Violence
Descrição
Este relatório descreve o percurso do estágio de natureza profissional enquanto estudante do 6º CMESMO e 11º CPLEESMO, realizado no Centro Hospitalar Tondela Viseu E.P.E e na Unidade de Saúde Familiar Infante D. Henrique de 1 de março de 2021 a 28 de janeiro de 2022. Trata-se de uma análise retrospetiva do processo de aquisição e desenvolvimento de competências inerentes à aquisição do titulo de EEESMO pela Ordem dos Enfermeiros. O estágio foi desenvolvido em contextos que permitiram cuidar a mulher/família durante o ciclo gravídico-puerperal: sala de partos, puerpério, patologia da gravidez, ginecologia e neonatologia. Aqui, foram desenvolvidas atividades que permitiram adquirir e desenvolver competências especificas na prestação de cuidados à doente do foro ginecológico, às grávidas, parturientes, puérperas e recém-nascidos. O presente relatório, descreve as experiências vividas, as competências desenvolvidas, durante o estágio, assim como, as intervenções realizadas e seu confronto com a melhor evidência cientifica. Foi ainda realizada uma análise critica e reflexiva que possibilitou o crescimento como futuro EEESMO. De salientar o contexto pandémico por Covid-19 vivido que condicionou, em parte, as práticas especializadas. No âmbito da Unidade Curricular, Estágio com Relatório Final, desenvolvemos uma investigação, com o tema Perceção dos enfermeiros obstetras sobre violência obstétrica, pois existem relatórios oficiais que reconhecem a presença desta realidade nas instituições de saúde portuguesas. Em 2014 a OMS definiu as práticas que constituem desrespeito à mulher e que dão visibilidade à violência obstétrica e a sua politica dos cuidados tem-se focado na humanização. São os enfermeiros obstetras que cuidam a mulher durante o trabalho de parto e parto, daí, ser importante perceber as suas perceções relativamente a esta realidade São objetivos deste estudo, traduzir e validar a escala PercOV-S, identificar a perceção dos enfermeiros obstetras relativa à violência obstétrica e analisar a relação entre a perceção dos Enfermeiros Obstetras sobre violência obstétrica e as variáveis de contexto sociodemográfico, formativo e profissional. Metodologia: Estudo, de natureza quantitativa, descritivo correlacional, analítico, de foco retrospetivo. A amostra é não probabilística por conveniência, constituída por 172 EEESMOS (Média de idade de 42 anos). O instrumento de colheita de dados foi o questionário que permitiu caracterizar a amostra nos aspetos sociodemográficos, profissionais e formativos. Foi ainda incluída a escala PercOV-S (Mena-Tudela et al., 2020) Resultados: a idade, o respeito pelas expetativas do casal durante o atendimento, o reconhecimento de ter presenciado violência obstétrica, a formação sobre violência obstétrica e a pertinência dessa formação são as variáveis que influenciam a perceção sobre violência obstétrica nos enfermeiros obstetras. Conclusão: podemos referir a importância da sensibilização para práticas onde a violência obstétrica se encontra presente, nos cuidados prestados por EEESMOS, uma vez que a eliminação da violência obstétrica melhora os cuidados especializados prestados em todas as áreas do cuidado à mulher, do ciclo gravídico-puerperal passando pelas situações de aborto. Palavras-chave: Saúde Materna; Enfermagem Obstétrica, Enfermeiro Obstetra, Violência Obstétrica.