Autor(es): Oliveira, A. ; Amâncio, L. ; Sampaio, D.
Data: 2004
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10071/17756
Origem: Repositório ISCTE
Assunto(s): Adolescência; Morte; Perda; Desesperança; Suicídio; Para-suicídio
Autor(es): Oliveira, A. ; Amâncio, L. ; Sampaio, D.
Data: 2004
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10071/17756
Origem: Repositório ISCTE
Assunto(s): Adolescência; Morte; Perda; Desesperança; Suicídio; Para-suicídio
Actualmente o suicídio já não é um crime. É uma vergonha, uma perda que a família pode lamentar mas que deve esconder da sociedade. Tal como o sofrimento e a morte, é o maior interdito da nossa civilização. O que pode afectar o desenvolvimento de qualquer adolescente, que se quer conhecer a si mesmo e comunicar, envolto nas grandes questões existenciais, como a morte, o suicídio e o sentido da vida. O gesto suicida adolescente traduz sempre uma intolerável dor interior, de quem perdeu a esperança e não suporta mais a tensão, nem encontra uma alternativa válida pela vida. Em desespero, na busca de valores, limites e referências, o adolescente procura uma saída, desafia a morte e arrisca-se a morrer para tentar (sobre)viver, ganhar algum ânimo e direito à vida. Numa investigação recente verificámos que os adolescentes tendem a acentuar o profundo mal-estar que a morte suscita, representando-a com distanciamento pessoal, como «um fim» e não como «o fim», esperando que a vida, de algum modo, continue.