Author(s): Bussotti, L. ; Chinguai, J.
Date: 2020
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10071/22356
Origin: Repositório ISCTE
Subject(s): Engajamento; História; Indústria cultural; Controlo político
Author(s): Bussotti, L. ; Chinguai, J.
Date: 2020
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10071/22356
Origin: Repositório ISCTE
Subject(s): Engajamento; História; Indústria cultural; Controlo político
Assim como em muitos outros países, em Moçambique também o rap foi introduzido como fruto de importação dos Estados Unidos, por volta dos anos 1980, para depois tornar-se género musical com conteúdos originais e com impacto considerável junto, sobretudo, às camadas juvenis urbanizadas. A partir de 2002-2003, o rap moçambicano assumiu duas tendências claramente distintas, uma – minoritária em termos de artistas que a praticam, mas de maior significado artístico e social – comprometida e que conseguiu desenvolver uma contundente crítica política; a outra, mais virada para assuntos comerciais e de fácil fruição. Mediante uma reconstrução histórica baseada, essencialmente, em fontes orais e, uma segunda parte, centrada em entrevistas e na análise do discurso de algumas canções de rappers moçambicanos engajados, o artigo aqui apresentado pretende analisar como é que este género musical se difundiu na cidade de Maputo e quais as suas tendências atuais. Como base teórica para sustentar este estudo foi escolhida a teoria da indústria cultural de Adorno, complementada pela reinterpretação de Peterson e Berger, associada às formas de controlo que regimes a democracia limitada, tais como o moçambicano, exercem na liberdade de expressão, inclusivamente na esfera artística.