Author(s):
Barros, Carlos Alberto Sampaio Martins de
Date: 1998
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.12/346
Origin: Repositório do ISPA - Instituto Universitário
Subject(s): Psicologia educacional; Realização escolar; Adolescência; Comportamento alimentar; Anorexia; Instrumentos; Educational psychology; School achievement; Adolescence; Eating behaviour; Anorexia; Family
Description
Dissertação de mestrado em Psicologia Educacional
Os estudantes adolescentes são considerados como de risco para desenvolver Transtornos Alimentares (TAs). Existe, na literatura, à concepção de que jovens com TAs são, geralmente, excelentes alunos, alcançando altos níveis de rendimento. Uma vez que os TAs são observados com mais frequência entre as mulheres, a associação com esse (presumido) notável desempenho escolar fez surgir e firmar-se o Mito das Meninas de Ouro. Essa pesquisa se propõe a examinar de forma objectiva as repercussões do Padrão Alimentar Anormal (PAA) no Rendimento Escolar (RE) dos jovens e verificar se há prejuízos educacionais em função da ocorrência do PAA. Os instrumentos utilizados foram o Eating Attitudes Test-26, o índice de Massa Corporal de Quetelet e o Boletim Escolar Quantificado. A amostra compõe-se de 806 estudantes de 2o Grau de Porto Alegre. Os dados obtidos, submetidos à análise estatística, utilizando-se o programa SPSS, permitem as seguintes conclusões: O índice de positividade medido pelo EAT-26 na população investigada foi de 14,4%, indicando alta prevalência de PAA entre os 806 estudantes de nível médio. A prevalência de PAA é significativamente mais alta em estudantes do sexo feminino (25,1%) em relação aos do sexo masculino (5,5%). As mulheres apresentam Rendimento Escolar significativamente mais alto do que os homens. Não se verificou, em termos de RE, o alto desempenho dos alunos - especialmente das mulheres - com PAA. Embora sem significância estatística, observa-se a tendência a ocorrer prejuízo no RE dos adolescentes com PAA. A correlação significativa entre sexo e rendimento escolar, com as mulheres apresentando mais alto desempenho do que os homens, nos leva a pensar que as meninas são de ouro por serem mulheres e não por sua condição valetudinária.
Inexistente