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Efeito do teletrabalho no impacte ambiental associado ao transporte dos trabalhadores do LNEG

Autor(es): Sousa Rocha, Cristina ; Duarte, Ana Paula ; Gonçalves, Ana Maria

Data: 2022

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.9/4027

Origem: Repositório do LNEG

Assunto(s): Impacto ambiental; Emissões gasosas; Transportes; Teletralho


Descrição

RESUMO: O mundo do trabalho sofreu importantes mudanças nos últimos 3 anos devido à pandemia de COVID 19, tendo-se generalizado o teletrabalho. Considera -se teletrabalho a prestação de trabalho em regime de subordinação jurídica do trabalhador a um empregador, em local não determinado por este, através do recurso a tecnologias de informação e comunicação (Lei 83/2021). De acordo com inquérito realizado pela Eurofound (2020a) em julho de 2020, 34% dos inqui-ridos (cidadãos da União Europeia, UE) trabalhavam exclusivamente a partir de casa, sendo que 46,4 % das mulheres trabalhavam exclusiva ou parcialmente a partir de casa, em com-paração com 43,1 % dos homens. Antes do surto de COVID19, apenas 15% dos empregados na UE já tinham trabalhado remotamente (CE, 2020). Este aumento de teletrabalho gera não só oportunidades, mas também desafios e riscos. Segundo um outro estudo da Eurofound (2020b), as oportunidades oferecidas aos trabalha-dores pelo teletrabalho são a possibilidade de melhorar a conciliação entre vida profissional e vida familiar, maior produtividade e autonomia e redução do tempo necessário para as deslocações pendulares, bem como os custos a elas associados. Pode também incentivar o desenvolvimento de competências em tecnologias de informação, facilitar o acesso ao em-prego e reforçar a inclusividade dos mercados de trabalho para determinadas categorias de trabalhadores (em especial os trabalhadores com deficiência ou com responsabilidades fa-miliares e de prestação de cuidados). Para os empregadores, o teletrabalho tem o potencial de promover a produtividade e a efi-ciência, permitir poupanças nos custos diretos e associados das instalações e dos escritórios e promover uma organização do trabalho virada para os resultados (Messenger et al., 2019). Em termos de riscos para os trabalhadores indica-se o controlo excessivo com a supervisão do uso de equipamento informático a nível empresarial, esbatimento da linha que separa o trabalho da vida privada, níveis mais elevados de intensidade de trabalho, participação vir-tual, isolamento social e profissional, elevada procura de autogestão e auto-organização, falta de atividade física, problemas de ordem psicossocial e musculoesquelética, dificulda-des em assegurar a representação e a negociação coletivas e menor participação dos traba-lhadores nos processos de decisão a nível do local de trabalho (Eurofound, 2020b).

Tipo de Documento Outro
Idioma Português
Contribuidor(es) Repositório do LNEG
Licença CC
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