Author(s):
Moreira, Sara
Date: 2024
Persistent ID: http://hdl.handle.net/11144/6868
Origin: Camões - Repositório Institucional da Universidade Autónoma de Lisboa
Subject(s): Divórcio; Conflito interparental; Residência Alternada e Exclusiva; Coparentalidade; Regulação Emocional
Description
Em caso de separação ou divórcio em famílias com um ou mais filhos, a estrutura familiar modifica-se e este processo traz mudanças várias. Alteram-se dinâmicas familiares em função da regulação das responsabilidades parentais que implicam adaptação. Esta alteração define os contornos da coparentalidade dos progenitores e impacta emocionalmente pais e filhos. A literatura suporta que a coparentalidade e a regulação das responsabilidades parentais definidas pós divórcio ou separação impacta todos os elementos da família, sobretudo em caso de conflito. Assim, este estudo irá procurar analisar a coparentalidade e a regulação emocional de pais e filhos em casos de residência alternada ou residência exclusiva, os dois regimes de residência que podem ocorrer pós separação. Com esta análise procura-se responder às seguintes questões: Qual o impacto da coparentalidade na regulação emocional dos filhos em RA e RE? O objetivo deste estudo de corte transversal é comparar e procurar correlacionar as variáveis: coparentalidade, regulação emocional, residência alternada e residência exclusiva; numa amostra com 100 participantes portugueses, 72 mães (72%) e 28 pais (28%) separados/divorciados com idade compreendidas entre 24 e 59 anos (M = 41.55, DP = 8.10) com regime de residência alternada vs exclusiva do ou dos filhos. Os participantes responderam online aos seguintes instrumentos psicométricos: Questionário de Regulação Emocional, de Coparentalidade, e à Escala de Regulação Emocional. Os resultados indicam que que em RA como em RE a coparentalidade está correlacionada com a regulação emocional de pais e filhos; que a regulação emocional dos pais está correlacionada com a dos filhos, e que a coparentalidade prediz a ERC das crianças. Foi identificada alguma diferenciação positiva em RA que a valoriza em detrimento da RE. A partir destes resultados podemos concluir que RA e RE apresentam maioritariamente resultados similares. Este estudo contribui para o conhecimento do impacto nos filhos da regulação emocional dos pais e da coparentalidade em caso de separação.