Author(s):
Lopes, Felisbela ; Santos, Clara Almeida ; Magalhães, Olga ; Burnay, Catarina Duff ; Araújo, Rita ; Sá, Alberto
Date: 2021
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.14/37538
Origin: Veritati - Repositório Institucional da Universidade Católica Portuguesa
Subject(s): Pandemia; Jornalismo; Função facilitadora; Literacia em saúde; Pandemics; Journalism; Facilitating function; Health literacy
Description
A Covid-19 constitui um desafio societal total. Os media e o jornalismo estão no centro dos acontecimentos na medida em que desempenham várias funções consideradas vitais na gestão da crise pandémica. Entre elas, destaca-se a função facilitadora que constitui o jornalismo como canal privilegiado de comunicação entre poder político e autoridades de saúde e a população. Este desafio acontece num momento em que, também fruto da própria pandemia, se registam mudanças significativas na própria atividade jornalística: na forma como os jornalistas encaram a profissão, na configuração da agenda noticiosa e nos critérios de escolha das fontes de informação. O presente artigo dá conta de alguns resultados obtidos a partir de um inquérito a jornalistas e da análise de conteúdo de 2933 peças noticiosas publicadas no Público e no Jornal de Notícias. Em linhas gerais, destacam-se a emergência de um jornalismo que orienta comportamentos, mas que apresenta oscilações no acompanhamento da doença, uma maior atenção à promoção da literacia em saúde e um acrescido cuidado com as questões éticas e uma procura acentuada de especialistas, escolhidos por critérios que se afastam da notoriedade prévia.