Author(s): Chagas, Valquiria Cardoso Alves
Date: 2023
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.14/46942
Origin: Veritati - Repositório Institucional da Universidade Católica Portuguesa
Subject(s): Cuidados paliativos; Cuidados em fim de vida; Crianças; Qualidade dos cuidados; Indicadores de qualidade; Palliative care; Terminal care; Children; Quality of care; Quality indicators
Introdução: Os serviços de cuidados paliativos pediátricos (CPP) têm se desenvolvido em todo o mundo nos últimos anos. Indicadores de qualidade (IQ) são instrumentos úteis e necessários para acompanhar este desenvolvimento. O presente estudo propõe- se reunir um conjunto de indicadores a serem aplicáveis aos serviços de CPP em Portugal. Metodologia: Estudo analítico desenvolvido em duas etapas: revisão sistemática da literatura (2000-2021) para identificação de IQs utilizados internacionalmente na área de CPP, seguida de determinação por consenso de grupo de peritos (recrutados por conveniência, entre profissionais com formação e experiência de trabalho em equipas intra-hospitalares de CPP) do conjunto de IQs adequados à realidade portuguesa atual. Resultados: A revisão sistemática identificou 368 possíveis IQs. Do consenso por grupo de peritos (cinco médicas, uma enfermeira) de equipas intra-hospitalares de CPP, um conjunto final de 82 IQs foi selecionado, do qual 34 foram apontados como essenciais (17 de estrutura, 12 de processo, 5 de resultado). O conjunto final de IQs contempla os aspetos considerados como mais relevantes do cuidar com qualidade em CPP, estando de acordo com as normas e orientações da comunidade científica e organizações internacionais. O conjunto de IQs considerados essenciais evidencia a atual preocupação dos peritos com adequadas condições da estrutura e do processo do cuidar para a obtenção de resultados de qualidade. Conclusão: O conjunto de IQs proposto, em especial os essenciais, possibilitará a medição e monitorização da qualidade dos CPP em Portugal, ao longo da implementação e crescimento de serviços, servindo aos doentes, às equipas, aos gestores e à sociedade. No futuro será importante rever estes IQs incorporando a visão de outros peritos, dos doentes e a realidade do desenvolvimento dos serviços.
