Detalhes do Documento

Estigma e resistência entre travestis e mulheres transexuais em Salvador, Bahia, Brasil

Autor(es): Magno, Laio ; Dourado, Inês ; Silva, Luis Augusto Vasconcelos da

Data: 2019

Origem: Oasisbr

Assunto(s): Exposição à Violência; Estigma Social; Identidade de Gênero; Pessoas Transgênero


Descrição

Submitted by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2019-06-03T18:22:51Z No. of bitstreams: 1 Artigo Laio Magno. 2018.pdf: 192617 bytes, checksum: 211d7a6ec12dd9fa968d2246a17db978 (MD5)

Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2019-06-03T19:20:00Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Artigo Laio Magno. 2018.pdf: 192617 bytes, checksum: 211d7a6ec12dd9fa968d2246a17db978 (MD5)

Made available in DSpace on 2019-06-03T19:20:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Artigo Laio Magno. 2018.pdf: 192617 bytes, checksum: 211d7a6ec12dd9fa968d2246a17db978 (MD5)

Trata-se de um estudo qualitativo, com base na análise de narrativas produzidas por travestis e mulheres transexuais em Salvador, Bahia, Brasil, com o objetivo de analisar suas experiências de estigmatização, descrevendo acontecimentos, atores e contextos que marcam as suas trajetórias de vida, e também compreender a relação entre o estigma e suas performances femininas. As narrativas são provenientes de 19 entrevistas em profundidade realizadas ao longo de um inquérito epidemiológico. Foram orientadas por um roteiro prévio que explorou a produção de narrativas sobre as experiências e modos de vida das travestis e mulheres transexuais na cidade de Salvador. As histórias de vida que emergiram do campo foram transcritas e analisadas sob uma perspectiva teórico-narrativa. Observou-se que muitas travestis e mulheres transexuais apresentaram em suas narrativas a descrição de uma performance de gênero “afeminada”, que é identificada desde à infância por membros da família e da comunidade. Essa performance é apresentada como uma insubordinação ao poder estabelecido pelo sistema jurídico da sociedade heteronormativa. O processo de estigmatização começa a operar quando as expectativas sociais sobre a coerência entre “sexo biológico” e “performance de gênero” são frustradas nas interações sociais, submetendo as pessoas à discriminação e violência. Desse modo, o processo de estigmatização é operado por meio do poder exercido pelas leis da heterossexualidade compulsória sobre os corpos. Entretanto, durante as trajetórias de vida das travestis e mulheres transexuais, estratégias de resistência contra o estigma são produzidas com o potencial de transformação dos quadros estabelecidos.

Rio de Janeiro

Tipo de Documento Artigo científico
Idioma Português
facebook logo  linkedin logo  twitter logo 
mendeley logo

Documentos Relacionados